31 de mar. de 2013

Deixai Maria Madalena falar

                                                                       Júlio Lázaro Torma*
                                      " Vais a meus irmãos e Anuncia-lhes"
                                                                            ( Jo 20,17)
    Celebramos alegremente e jubilosamente a Páscoa da Ressurreição do Senhor, onde após passar pela tragédia da Paixão e Morte humilhante.Jesus ressuscita glorioso, a vida vence a morte, a luz as trevas, o bem o mal e o dia a noite, num grande duelo.
  Duelo este em que a morte," ira desaparecer para sempre" ( Is 25,8), e que " Onde está, o morte a tua Vitória? Onde está o morte, o teu ferrão"( I Cor 15,55), pois cantemos:
  " Nascendo na noite escura / a manhã futura trazendo amor/
    No vento da madrugada a paz tão sonhada brotando em flor/ 
   alegria chegando da dor."
   Esta é a Páscoa da Ressurreição, que após a " longa noite escura" ( São João da Cruz), do inverno da morte em que a humanidade viveu e a terra que " geme e sofre com dores de parto"( Rm 8,22), no hemisfério norte se vive o Equinócio da Primavera.
  Onde como fala a Sulamita," Apareceram as flores na terra, voltou o tempo das canções.Em nossas terras já se ouve a voz da rola.A figueira já começou a dar seus figos, e a vinha em flor exala o seu perfume"( Cântico dos Cânticos, 2, 12-13).
   No meio da madrugada Maria Madalena vai ao túmulo e o encontra vazio, as trevas dominam a noite da desesperança, do medo,da angústia e do frio gélico. Após encontrar a grande pedra removida ela corre ao cenáculo onde estavam os discípulos.
  " Era noite, mas o amor a iluminava, de tal maneira que ela viu a grande pedra rolada da frente da porta do túmulo" ( Romano o Cantor, 490-560), ela vai lhes dizer que o túmulo estava aberto.Pedro está incredulo, não crê, que após a morte humilhante, Jesus Ressuscitou.O discípulo amado que ficou até o fim vai ao túmulo.
  O discípulo amado não entra no túmulo, mas deixa Pedro entrar, respeitando a sua autoridade de chefe da nascente comunidade.
   Se Pedro o líder dúvida, o discípulo amado crê, mas deixa Pedro entrar primeiro.O discípulo amado, deixa Pedro ver, ele representa o gesto de amor de Jesus, ele não se considera superior ou melhor que Pedro, por ter estado até o fim. Ele é o discípulo da reconciliação e do amor.
  O túmulo não é o lugar da morte, mas da vida ( os lençóis e o perfume), lembra o leito de núpcias do Senhor que se encontra com a comunidade sua esposa e amada.
  Maria Madalena é o " Apóstolo dos apóstolos"( Romano o Cantor), a primeira cristã, discípulo e missionária.Ela após encontrar o Senhor, fazer a experiência do Ressuscitado,vai anúnciar o Senhor aos discípulos.
  Hoje estamos vivendo na Igreja uma Primavera, com o Papa Francisco, onde as flores desabrocham e exala o seu perfume, como nos fala o Cântico dos Cânticos, que nos enche de esperança por novos tempos na Igreja a esposa de Cristo.
  Assim como no inicio da comunidade cristã, as mulheres foram protagonistas, divulgando o Evangelho, organizando e animando as comunidades.
  Elas são hoje a maioria dos fiéis, que assumem os serviços nas comunidades, desde a limpeza,catequese, pastoriais sociais, animação biblíca e as coordenações, não deixam as comunidades fecharem as portas ou cair por terra.
   Elas muitas leigas que cuidam do lar, da família e da profissão e encontrarm tempo para atuar, se dedicar há comunidade e dar o seu testemunho de vida e de fé.
  Muitas vezes o seu trabalho, dedicação, amor a Igreja e a causa do Reino de Deus não é valorizado e não as deixamos falar e nem ter um protagonismo na vida de nossas comunidades.
  Está Páscoa em que as flores desabrocham na Igreja,com Francisco, nos chama a escutar as mulheres,deixa-las falar e participar.Vamos ouvir Maria Madalena e deixar que ela nos anuncie a Boa Nova da Ressurreição daquele que nos fala " Eis que faço nova todas as coisas".
  Vamos deixar que o Cristo Ressuscite na nossa Vida e das nossas Comunidades, e como Maria Madalena vamos dizer com coragem, força e convicção.
  " Khristós anésti! Alithós anésti!
    Cristo Ressuscitou! Em Verdade Ressuscitou!
                   ( Saudação Ortodoxa da Páscoa)
  Feliz Páscoa a todos e a todas! Alegremos
                             Jo 20, 1-9
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 * Membro da Equipe da Pastoral Operária da Arquidiocese de Pelotas/ RS

29 de mar. de 2013

O Crucificado entre os crucificados

 

                                     Júlio Lázaro Torma*
                               " Ali o crucificaram,ele outros dois,um de cada lado"
                                                                   ( Jo 19,18)
  Nesta Sexta-Feira da Paixão, vivemos o maior dos Mistérios que é a Entrega, Paixão e Morte de Jesus Cristo, que veio ao mundo em forma humana para nos Libertar e limpar com seu sangue de toda culpa e mancha do pecado de Adão ( Gn 3).
  Não devemos fazer da Sexta-Feira da Paixão, um mero espetaculo, assistir a representação de algo passado, fazer do dia um feriado a mais do calendário ou se panturrar de peixes e frutos do mar no almoço e na janta. Enquanto outros do nosso lado não tem o que comer durante o ano.
  Devemos viver, mergulhar fundo no mistério.Vamos viver como estivéssemos em Jerusalém e no monte Calvário naquela trágica Sexta-Feira véspera da Festa da Páscoa.
  Se te perguntares a onde vais e de onde vens?, responda do Monte Calvário, te deixe envolver no maior gesto de Amor que alguém pode dar e que um Deus pode dar que é a sua própria vida para libertar a humanidade.
  Neste dia Santo vamos meditar no oficio da Paixão, onde as comunidades joaninas, nos apresentam os últimos momentos da  vida de JESUS EM NOSSO MEIO COMO SER HUMANO.
  Mais uma vez ele é rejeitado pela sociedade, por pessoas de " bem", gente honrada, honesta, integra.Pessoas que deveriam recebe-lo, mas não o fazem.Assim foi toda a vida de Jesus ele não viveu em mansões, palácios, não morou em Jerusalém ou Roma.
  Nasceu rejeitado numa gruta na fria noite de Belém e morre de forma trágica, humilhante fora dos muros de Jerusalém.Onde morreu numa cruz, como " amaldiçoado por Deus"( Dt 21,23; Gl 3,13). Sofreu uma morte injusta e cheia de contradições, onde sofreu um falso julgamento sem comparação na história da humanidade e do próprio poder judiciário.
  Ele morre na periferia longe do poder religioso, político, econômico que o mata no Calvário, morre na periferia da capital de sua terra e na periferia do mundo.
  Nasceu, viveu e morre na periferia longe do poder, mostrando qual é a sua opção de vida, em meio dos pobres, gente desprezada e para os pobres.
  Foi acolhido pelos pastores, naquela noite de Belém e morre no meio de dois ladrões, como um perigoso deliqüente.
  Se naquela fria noite de Belém, as trevas se tornam luz, ao meio dia as trevas cobrem o dia, numa " longa noite escura"( São João da Cruz), onde acontece o duelo entre a vida e a morte, entre a luz e as trevas, bem e o mal.
  Onde as forças da morte, do mal e as trevas vencem o bem, a luz e a vida numa vitória aparente, onde a Vida se renascerá com mais força sobre a morte.
  Ao olharmos o Crucificado e ao seu redor, somos chamados, como ele fez as piedosas mulheres, no caminho da cruz, a dura realidade ( Lc 23,27-28) e como Pôncio Pilatos a tomar partido de que lado realmente estamos?
  mitos dirão, estou do lado de Jesus, amo Jesus, creio em Jesus e daria a minha vida por ele.Falar não adianta, cadê a prática?, crer em Jesus, até o diabo e os demônios crêem e o temem.Ou somos como aqueles que diante de Pilatos gritam " crucifica-o!"
  Há um tempo apareceu na comunidade de relacionamento orkut, uma comunidade: " Jesus deve apanhar mais" e que " Jesus deveria sofrer mais'.Todos nós de bom censo ficamos indignados com aquele gesto blasfemo independente de denominação, religião,gênero ou cores partidárias.
  Do alto da cruz, Jesus nos interpela:" vos todos, que passais pelo caminho, olhai e julgai se existe dor igual a minha"( Lm 1,12).
  Vivemos num mundo de crucificados, onde Jesus se faz presente em cada rosto sofrido( Mt 25,31-46), quantas vezes passamos por ele e desviamos o nosso olhar( Is 53,2-3)?,pois o seu olhar nos agride e faz com que tenhamos culpa.
  Tapamos os nossos ouvidos ao seu grito, sem parar nos chamando a nossa conversão.Mesmo diante da dor dos crucificados, vemos que o poder dominante do capitalismo e neoliberalismo, divide as vitimas.Fazendo como aquele ladrão que insultava Jesus na hora da morte( Lc 23,39).
   Em nossa época não é só o ser humano que é crucificado, vitima da violação dos direitos humanos, das violências normativas e estatais,pobreza,miséria,preconceitos de toda espécie, tráfico humano, exploração sexual,pedofilia, drogadição,pornografia,precarização do trabalho,desemprego, falta de terra, saúde,moradia,vestuário e alimentação, bem como a criação que " geme e sofre como dores de parto"( Rm 8,22).
  Eis que nós  por omissão e atos crucificamos e ajudamos a crucificar Jesus que ainda sofre no nosso irmão.
  Como escreve o poeta Francisco Lobo da Costa ( 1853-1888), " São horas de tristeza! Solene nostalgia, Amente encurva, aos bates do frio coração."Nosso coração frio se encontra diante da dor e do sofrimento de nossos irmãos e de CRISTO.
  Onde nesta hora em que o Senhor, fonte de vida na cruz morre, para nós salvar e lavar nos de toda culpa de filhos de Adão; em toda a terra se entristece, a onde " campina no luto se envolveu...São horas...escurece...o bosque é triste" e a ' lua esconde-se a tremer saudosa,Qual branca ruga no arcal do céu"( Francisco Lobo da Costa).
  Jesus na cruz morre de braços abertos, para nos acolher e mostrar a grandeza de seu Amor para com a humanidade.ele com seu gesto de Amor, une o homem a Deus,restabelecendo a Aliança entre o homem e Deus e a criação que fora quebrada pelo pecado que nos oprime.
  Ao olharmos Jesus na cruz, nos perguntamos se somos a multidão que assiste ao longe um espetaculo( Lc 23,48)?, Ou somos Maria e João, discípulos que vão até o fim e que são solidários aos irmãos que mais sofrem e que estão ao pé da cruz o consolando e confortando na sua dor e sofrimento?
   " E agora que resta ao triste?
     Aqui as sombras da herdade
     E uma flor triste-a saudade
     Brotando aos pés da cruz!"
               ( Francisco Lobo da Costa)
   No Silêncio da longa noite escura nós esperamos e temos a certeza da Ressurreição.
                          Jo 18,1-19,42
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  * Membro da Equipe Arquidiocesana da Pastoral Operária de Pelotas/ RS

26 de mar. de 2013

MPF denuncia seis pessoas por exploração sexual em Belo Monte


Os donos da boate Xingu e aliciadores responderão à ação criminal na Justiça Federal em Altamira

25/03/2013

O Ministério Público Federal denunciou seis pessoas ligadas ao caso da Boate Xingu, pelos crimes de trabalho escravo, tráfico de pessoas, exploração sexual, corrupção de menor e formação de quadrilha. Os acusados foram identificados pelas vítimas libertadas da boate em fevereiro, depois de operação da Polícia Civil do Pará.
A boate ficava nas proximidades dos canteiros de obras da usina de Belo Monte. O MPF instaurou uma investigação separada para apurar a denúncia de que a exploração sexual ocorria dentro da área declarada de utilidade pública pelo Governo Federal para a construção da usina hidrelétrica.
A denúncia já foi recebida na sexta-feira (22) na Justiça Federal de Altamira, o que significa que as acusações do MPF tem fundamentos e os acusados se tornaram réus em ação criminal. O caso vai tramitar na esfera federal porque o crime de trabalho escravo é de competência federal. As nove vítimas só foram libertadas após a fuga de uma menor de idade que também foi traficada do sul do país e era impedida de sair da Boate Xingu.
Claci de Fátima Morais da Silva, Adão Rodrigues, Solide Fátima Triques, Moacir Chaves, Carlos Fabrício Pinheiro e Adriano Cansan podem ser condenados a penas que, somadas, variam entre 1 e 30 anos de prisão. Claci era a proprietária de uma boate em Santa Catarina, onde aliciou as mulheres, com apoio de Moacir Chaves, prometendo que elas ganhariam até mil reais por dia trabalhando na barragem.
As vítimas foram levadas de van de Santa Catarina até Altamira, uma viagem de cerca de 4 mil quilômetros. Ao chegarem na boate, foram recebidas pelo acusado Adão Rodrigues e pela mulher dele, Solide Fátima Triques. Elas foram colocadas em quartos precários, alguns com trancas do lado de fora. Adão e Solide estão presos desde fevereiro em Altamira.
“Além da precariedade das instalações, as vítimas foram colocadas em quartos sem janela e sem ventilação, o que se torna desumano, quando considerarmos as temperaturas locais e o fato de que o gerador de energia era mantido desligado após encerramento das atividades da boate”, diz a denúncia do MPF.
“Da esperança de lucro fácil, as vítimas tornaram-se objeto do lucro alheio. Além do aluguel do quarto em que dormiam, a cada programa pagavam comissão à Boate. Adquiriam os produtos que necessitavam, em regra, diretamente dos denunciados, em cantina da própria Boate, sendo obrigadas a se sujeitar a pagar, por exemplo, 5 reais por uma lata de refrigerante”, segue a narrativa, confirmada por depoimentos das vítimas.
As mulheres eram vigiadas para não saírem do local por Carlos Fabrício Pinheiro, gerente da boate, e Adriano Cansan, que atuava como garçom e segurança. Os dois também estão presos em Altamira. O MPF pediu a prisão preventiva de Claci e Moacir, que ainda não foram encontrados. O processo tramita na Justiça Federal de Altamira, com o número 0000297-16.2013.4.01.3903.

Conheça as acusações contra cada um dos denunciados:
Adão Rodrigues, proprietário da Boate Xingu, firmou acordo para trazer as vítimas da região sul, visando explorá-las sexualmente com intuito de lucro. Financiou o deslocamento. Participava diretamente da gestão da Boate e restringiu a locomoção das vítimas em razão de dívida contraída.
Claci De Fátima Morais da Silva, aliciadora, responsável pela escolha e envio das vítimas para a Boate Xingu. Tem como atividade habitual a exploração da prostituição com o fim de lucro. Firmou acordo com o denunciado ADÃO para ganhar um percentual sobre o faturamento da Boate. Tinha a confiança das vítimas, sendo peça fundamental para que, ludibriadas, permanecessem na situação de exploração.
Solide Fátima Triques, esposa do Sr. Adão Rodrigues, auxiliava diariamente o marido no gerenciamento da Boate, controlava a venda de bebidas e o fluxo de dinheiro, sendo também responsável pelo pagamento das comissões. Alojou as vítimas logo que chegaram do sul do país.
Moacir Chaves, aliciador, explora habitualmente a prostituição alheia com o fim de lucro. Dentre as vítimas havia uma suposta namorada sua (Silmara), que passou a exercer a prostituição por intermédio do denunciado e que dividia com ele os seus rendimentos. Responsável direto pelo deslocamento das vítimas do sul do país a Altamira. Trabalhava como gerente da Boate da denunciada Claci em Joaçaba, e deveria exercer a mesma função na nova Boate que seria inaugurada em Vitória do Xingu.
Adriano Cansan, funcionário da Boate Xingu, conhecido como 'Alemão', exercia a função de garçom, sendo também responsável por fiscalizar e controlar as vítimas. Ameaçava as vítimas, afirmando que apenas sairiam dali após quitarem as suas dívidas. Já foi funcionário da denunciada Claci, no sul do Brasil. Teria, supostamente iniciado perseguição armada à adolescente que fugiu;
Carlos Fabricio Pinheiro, funcionário da Boate Xingu, conhecido como 'Chico', exercia a função de gerente da boate, sendo responsável por reter os valores devidos às vítimas, efetuando os descontos das supostas dívidas. Era responsável por levar as vítimas ao canteiro de obras da UHE Belo Monte para distribuir panfletos da Boate.
Fonte: jornal Brasil de Fato

23 de mar. de 2013

" Eis-me aqui, envia-me"


                                    Júlio Lázaro Torma*
       O lema da Campanha da Fraternidade deste ano de 2013, o Ano da Fé e da Jornada Mundial da Juventude que ocorrerá em julho no Rio de Janeiro.
      O lema " Eis me aqui, envia-me" ( Isaías 6,8), é tirado do livro do Profeta Isaías, do Primeiro Isaías( 1-39), datado entre( 740-690 a.C), no Reino do Sul sob o Reinado de Josias.
    O Profeta é chamado no Templo, no " Santuário", local sagrado, onde é a morada de Deus.Ele faz a sua experiência de Deus.Deus o chama para ir profetizar, " ir a frente de..."
  A frase tem para nós hoje um sentido duplo, sentido diante da dura realidade em que se encontra e vive a nossa juventude.
  Ela é o clamor, grito dos nossos jovens que estão as margens, excluídos da sociedade, da política, da Igreja e das religiões, que querem serem ouvidos, participar e que não encontram nenhuma resposta e todos se fecham contra e diante deles.
  Este fechamento pode ser o medo do novo em que a juventude nos apresenta.
   Pois cada geração é diferente daquela de outros tempos, a minha geração é diferente da dos meus pais, avós; e destes jovens na qual acompanho são diferentes da minha época, mesmo que tenhamos os mesmos ideais.
    Somos de tempos diferentes e devemos saber trabalhar esta realidade.
    A resposta do profeta deve ser a resposta da Igreja,de ir ao seu encontro, escutar, está juventude o seu jeito e maneira de ser jovem.
   Muitas vezes dizemos a " juventude é rebelde", '' alienada", " não quer nada com nada".
   Não queremos ouvi-los e acabamos nos impondo, como se nós fôssemos os donos da verdade, esquecendo que um dia nós também passamos pela bela fase da adolescência e juventude.
   Vivemos está realidade, os seus medos, anceios, angústias e incertezas diante ao futuro e o mundo que se desenha.
   Onde muitos jovens sem perspectivas de vida, futuro acabam perambulando pelas ruas, avenidas, campos.Juventude está que esta nos campos, vilas, favelas, bairros que são vitimas de um genocídio diário, da violência em grande escala nos acidentes de trânsito, trabalho, nos esportes radicais, durante festas,baladas, contaminados por doenças sexualmente transmissíveis, drogas e pela sociedade de consumo que os mata psicologicamente e espiritualmente.
   Além de serem jogados no precário sistema prisional que não reabilita ninguém, que os joga na criminalidade, sendo soldados do crime, narcotráfico,onde matam vidas inocentes e são eles próprios executados barbaramente por um sistema iníquo.
  Onde valoriza se mais o financeiro do que o ser humano e que executa sem piedade aqueles que ele mesmo joga as suas margens.
   Estes jovens são julgados e condenados antes de serem amados e valorizados.Não damos atenção, espaço ao seu jeito, a sua cultura ( músicas, filmes,documentários) e deixar que eles e elas falam de seus anceios, angustias e medo.
   Nós vivemos numa cultura do falar, do barulho e não paramos para o silêncio, dialogar e escutar o outro.
  Se fala em evangelizar a juventude na nossa grei, mas não paramos para ser evangelizados pelos jovens.
   A Juventude quer ser ouvida,quer participar na Igreja, na família e na sociedade. Ela nos grita " Eis me aqui", mas ficamos surdos, cegos mudos diante do seu clamor e grito ao mesmo tempo ficamos mudos diante de uma sociedade que excluí e ao mesmo tempo mata os seus jovens.
   Devemos ter esperança na mudança que nasce na força e vontade de viver da juventude.
   E devemos nos desarmar das concepções formadas que temos e como o profeta Isaías responder sem medo " Eis me aqui, Senhor".
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   * Membro da Equipe Arquidiocesana da Pastoral Operária de Pelotas/ RS

22 de mar. de 2013

Seguir Jesus Crucificado

 Júlio Lázaro Torma*
                            " Desejei ardentemente comer convosco esta ceia da Páscoa
                              antes de sofrer"
                                           ( Lc 22,15)
   Neste final de semana celebramos o " Domingo de Ramos", o inicio da Semana Santa, da " Grande Semana", a " Semana das Semanas".Para nós cristãos e cristãs é a mais importante das semanas, onde celebramos o centro da nossa Fé, que é a entrega, morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
   Somos convidados a ler, meditar e rezar o Evangelho de Lucas, os relatos do livrinho da " Paixão e Ressurreição de Jesus"( Lc 22, 14-23,56).
  Onde nos é apresentado a última ceia, Pedro, Judas Iscariotes, multidão, Simão Cirineu, piedosas mulheres ( carpideiras) e o bom ladrão.
   Olhando as pessoas envolvidas nos trágicos episódios do martírio de Jesus, nós podemos nos encontrar em cada um deles.
   Assim como nos anos de 80-100 d.C, havia também nas comunidades lucanas pessoas que aderiam, havia os que negavam, traiam a fé no projeto de vida trazida por Jesus de Nazaré.
   O homem carregando o cântaro, nos mostra que está tudo fora do lugar, fora do tino, pois carregar cântaro é trabalho para escravo e mulheres, na cultura semita como na greco-romana.Jesus se põe á mesa e se entrega por nós no sacrifício da cruz, ao se oferecer na forma do pão e do vinho.Onde pede para fazer em " memória de mim"; fazer a memória de Jesus é viver, assumir o seu projeto, viver a sua vida e ter os mesmos sentimentos em que ele teve, que moveu a sua vida no anúncio do Reino de Deus.
  Ao viver está caminhada em comunidade encontramos obstáculos,pois viver a vida de Jesus é assumir a cruz, ela exige renúncia e entrega total, onde eu devo ser servo, seguir aquele que se fez servo( Is 50,4-7; Fl 2,6-11).
  No seguimento encontramos aqueles que acreditam que devem ser melhor que o outro.Mas se esquecem que devem servir e não ser servido.Onde caem no carrerismo e na competição, exibicionismos, que tem ferido e sangrado muito a Igreja o corpo Místico de Cristo ( I Cor 12,12).
  Muitas vezes somos Judas Iscariotes que traem o projeto de Jesus, nos afastamos da comunidade, Judas não foi expulso, ele se auto-afastou ao trair Jesus.Retorna as velhas práticas ao projeto de morte do anti-reino.Ao se deixar seduzir pelos benesses do reino deste mundo, dos falsos valores que contradizem o programa de Jesus de Nazaré.
  Pedro que professa a fé em Jesus em nome da comunidade( Lc 9,20), reconhecendo-o como " O Cristo de Deus", fraqueja e o nega três vezes.diante das dificuldades, onde parece que estamos só, com os pés fora do chão, fraquejamos,da pressão negamos a nossa fé com medo das represárias, chacotas e de sofrermos até o martírio.
  E diante do poder de Pilatos e Herodes, a multidão pede a morte de Jesus do autor da Vida.Manipulados pelos falsos valores do capitalismo, neoliberalismo e do consumismo desenfreado, nós trocamos o projeto de vida que liberta, por um projeto de morte que é um programa duvidoso e caímos na armadilha, como falava Pedro as multidões; " Agora irmãos, sei que o fizestes por ignorância"( At 3,17).
  O caminho da cruz é doloroso,Jesus após sofrer um julgamento injusto, falso, forjado, contraditório nas mãos do sinédrio, de Pilatos e Herodes, agora condenado pela religião e pela política, agora vai carregar a cruz até o Calvário.
  No caminho encontram Simão Cirineu, que a escolta obriga a levar a cruz, um cortejo no meio da multidão.
  Simão Cirineu é solidário á Jesus ele carrega a cruz, divide o peso da cruz, daquele desconhecido.Olhamos para o Cirineu, ele é solidário com a dor do outro, prontamente assume a sua causa e sua dor.
  E vemos as mulheres " carpideiras" que o segue pelo caminho, Jesus lhes lembra a dura realidade da destruição de Jerusalém e de sua pátria.
  No Calvário fora dos muros da cidade, longe do poder na periferia, mais uma vez Jesus é rejeitado, como aconteceu no seu nascimento, onde nasce na periferia do mundo, na gruta entre os pastores.Agora ele é rejeitado e morto, é assassinado, como um criminoso, deliqüênte,terrorista, entre dois ladrões, como diz o profeta; " Ele foi contado entre os malfeitores" ( Is 53,12).
  O inocente é barbaramente condenado e morto como o pior dos piores criminosos que a terra já viu.
  Assim como naquela noite os pastores acolhem Jesus no seu nascimento; no seu suplício da dor e da morte, um deliqüente se arrepende e adere ao projeto de JESUS,"onde os últimos serão os primeiros",contrariando os discípulos que queriam ser os primeiros.
  No Natal aparece a luz que ilumina a longa noite, agora no meio da tarde, as trevas tomam conta, a morte e as trevas matam a vida e o principio de toda a vida.
  O pecado que mata Jesus, mata ea humanidade, destrói a criação e a nossa relação com os outros, Deus e com toda a criação que acaba submetida pelo nosso egoísmo e desamor.
  Somos chamados a pegar a cruz; " Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me"( LC 9,23).
  Onde ao viver o programa de Jesus devemos saber que devemos sofrer perseguições, vamos cair por terra e até sofrer o martírio a incompreensão das pessoas, as vezes daqueles que mais gostamos e amamos.
   Ao olharmos para Jesus, nos, nos perguntamos se estamos dispostos a segui-lo?
   Tomar a sua cruz e sofre as conseqüências?
   Ou somos como Judas que trai?, Pedro que nega?, 
   Simão Cirineu que é solidário? , as mulheres que choram impotentes?
   Ou como o bom ladrão que no alto da sua cruz no Calvário, assim como o centurião romano, adere e reconhece Jesus como Libertador da humanidade?
   Este reconhecimento só acontece quando estamos dispostos a fazer uma opção preferencial pelos pobres, ai sabemos se de fato assumimos a cruz de Cristo.
   Ou ficamos num piedismo opaco e desvinculado do verdadeiro Jesus que derramou o seu sangue na cruz e morreu como deliqüênte na periferia a mando dos donos do poder político e religioso.
   Nesta Semana Santa pensamos se estamos mesmo dispostos a assumir de fato a cruz de Cristo e enfrentar as conseqüências que está opção acarretará ou não.
   E refletir diante da cruz de Cristo quem eu sou afinal?  e o que eu desejo de fato?
         Boa meditação e bom final de semana
                 Lc 22, 14-23,56

     * Membro da Equipe Arquidiocesana da Pastoral Operária de Pelotas/ 

20 de mar. de 2013

Papa Chico


ESCRITO POR ROBERTO MALVEZZI (GOGÓ)   
SEXTA, 15 DE MARÇO DE 2013
Há uma sequência formidável de sinais na Igreja Católica nos últimos dias. A renúncia de Bento XVI, agora a eleição do primeiro papa latino-americano, argentino, jesuíta. Para reforçar o emblema, escolhe o nome de Francisco.
 O cardeal Bergoglio celebrou uma missa em um encontro promovido pelo Conselho Episcopal latino-americano sobre a temática “Espiritualidades dos povos latino-americanos”, há uns dois ou três anos atrás, em Buenos Aires. Éramos umas 60 pessoas, de todo o continente.
 A sua celebração chamava a atenção, sobretudo, pela situação frágil que demonstrava. Ao final perguntei a um amigo da Argentina, que é padre e climatologista, professor da Universidade Católica de Buenos Aires: ele parece falar com dificuldade?
 O padre respondeu: ele só tem um pulmão. A homília que ele nos fez não tinha referência alguma com a temática do encontro, tanto é que não me recordo de nenhuma palavra que tenha dito.
 Diz a mídia que ele vive simples, cozinha sua comida, anda em transporte público, lavou os pés dos aidéticos. Outros enfatizam sua posição conservadora em termos de sexualidade. Mas, aí, nenhuma surpresa.
 Incômodas são as acusações de comunhão com a ditadura militar na Argentina. Nos encontros do CELAM, é possível perceber, com exceções raras, um episcopado realmente distante do povo. E os próprios argentinos confirmam que, exceto uma meia dúzia de bispos, essa é a realidade. Mas o bispo que presidia nossa Comissão era um argentino, Monsenhor Lozano, de uma diocese argentina que está frente àquela papeleira que os uruguaios construíram no Rio da Prata. Lozano estava à frente da resistência. Portanto, em qualquer igreja pode haver pessoas sensíveis à realidade do povo.
 Em todo caso, a escolha do nome Francisco tem um sinal. É provável que busque um papado simples e simplificado. Entretanto, as boas intenções não resolvem sozinhas os problemas do Vaticano. Como será um homem simples em meio a uma máquina milenar, capaz de moer até um Bento XVI?
 Vamos ficar com o que há de melhor nesse momento: vem de fora da Europa, faz sua comida, anda de ônibus e agora se chama Francisco. E Francisco quer dizer simplicidade, ternura, fraternidade, solidariedade com os pobres, irmanação com a natureza.
 Para nós, aqui do Velho Chico, tudo que vem de Francisco inspira esse espírito. Então, para começarmos, está de bom tamanho “Papa Chico”.
Roberto Malvezzi (Gogó) possui formação em Filosofia, Teologia e Estudos Sociais. Atua na Equipe CPP/CPT do São Francisco.

Fonte:http://www.correiocidadania.com.br/index.phpoption=com_content&view=frontpage&Itemid=34


12 de mar. de 2013

O testamento de Clara e a Ordem dos Frades Menores


Foi bem recentemente que o Testamento de Clara mereceu maior atenção  por parte dos estudiosos das Fontes Franciscanas e Clarianas, dos frades e das clarissas. Não havia uma transmissão do texto latino.  Dispunha-se de alguns exemplares do Testamento em velho francês e em alemão, línguas que provavelmente Clara não conhecia. Dispúnhamos  de poucos estudos a respeito, salvo comunicações para discutir sua autenticidade. Nos últimos decênios  foram descobertos manuscritos latinos e feitas edições críticas do Testamento. Estabeleceu-se a autenticidade do texto. Hoje, ele pode receber a atenção que merece. Jean-François Godet, especialista no estudo das Fontes Franciscanas, escreve sobre o Testamento. O estudo de Godet  foi publicado  na revista  ”Évangile  Aujourd’hui”, n. 234, p. 41-46. Aqui, apresentamos uma condensação de seu texto, esperando termos sido fiéis ao estudo.  leia mais:

Fé e caridade


Por: PAPA BENTO XVI, Mensagem Para A Quaresma 2013


Nunca podemos separar e menos ainda contrapor fé e caridade.


A celebração da Quaresma, no contexto do Ano da Fé, proporciona-nos uma preciosa ocasião para meditar sobre a relação entre fé e caridade: entre o crer em Deus, no Deus de Jesus Cristo, e o amor, que é fruto da acção do Espírito Santo e nos guia por um caminho de dedicação a Deus e aos outros.
Na minha primeira Encíclica, deixei já alguns elementos que permitem individuar a estreita ligação entre estas duas virtudes: a fé e a caridade. Partindo de uma afirmação fundamental do apóstolo João: «Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele» (1 Jo 4, 16), recordava que, «no início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo. [...] Dado que Deus foi o primeiro a amar-nos (cf. 1 Jo 4,10), agora o amor já não é apenas um “mandamento”, mas é a resposta ao dom do amor com que Deus vem ao nosso encontro» (Deus Caritas Est,1).
A fé constitui aquela adesão pessoal – que engloba todas as nossas faculdades – à revelação do amor gratuito e «apaixonado» que Deus tem por nós e que se manifesta plenamente em Jesus Cristo. O encontro com Deus Amor envolve não só o coração, mas também o intelecto: «O reconhecimento do Deus vivo é um caminho para o amor, e o sim da nossa vontade à d’Ele une intelecto, vontade e sentimento no acto globalizante do amor. Mas isto é um processo que permanece continuamente a caminho: o amor nunca está “concluído” e completado» (ibid., 17).
Daqui deriva, para todos os cristãos e em particular para os «agentes da caridade», a necessidade da fé, daquele «encontro com Deus em Cristo que suscite neles o amor e abra o seu íntimo ao outro, de tal modo que, para eles, o amor do próximo já não seja um mandamento por assim dizer imposto de fora, mas uma consequência resultante da sua fé que se torna operativa pelo amor» (ibid., 31).
O cristão é uma pessoa conquistada pelo amor de Cristo e, movido por este amor – «caritas Christi urget nos» (2 Cor 5, 14) –, está aberto de modo profundo e concreto ao amor do próximo. Esta atitude nasce, antes de tudo, da consciência de ser amados, perdoados e mesmo servidos pelo Senhor, que Se inclina para lavar os pés dos Apóstolos e Se oferece a Si mesmo na cruz para atrair a humanidade ao amor de Deus.
À luz de quanto fica dito, torna-se claro que nunca podemos separar e menos ainda contrapor fé e caridade. [...] A existência cristã consiste num contínuo subir ao monte do encontro com Deus e depois voltar a descer, trazendo o amor e a força que daí derivam, para servir os nossos irmãos e irmãs com o próprio amor de Deus. Na Sagrada Escritura, vemos como o zelo dos Apóstolos pelo anúncio do Evangelho, que suscita a fé, está estreitamente ligado com a amorosa solicitude pelo serviço dos pobres (cf. Act 6, 1-4). Na Igreja, devem coexistir e integrar-se contemplação e acção, de certa forma simbolizadas nas figuras evangélicas das irmãs Maria e Marta (cf. Lc 10, 38-42). A prioridade cabe sempre à relação com Deus, e a verdadeira partilha evangélica deve radicar-se na fé.
Uma fé sem obras é como uma árvore sem frutos: estas duas virtudes implicam-se mutuamente. [...] A fé precede a caridade, mas só se revela genuína se for coroada por esta. Tudo inicia no acolhimento humilde da fé, «saber-se amado por Deus», mas deve chegar à verdade da caridade, «saber amar a Deus e ao próximo», que permanece para sempre, como coroamento de todas as virtudes (cf. 1 Cor 13, 13).
fonte: revista Além Mar


A Responsabilidade do Conclave

                                   Júlio Lázaro Torma*
   Nas próximas horas de terça-feira,( 12 de Março), as 10 hs de Roma e as 6 hs da manhã de Brasília, estará iniciando o Conclave que elegera o próximo sucessor do Apóstolo Pedro.
   Olhando os últimos dias a imprensa e a mídia em geral,como a opinião pública tem tratado o conclave.
   O conclave tem parecido como se fosse a copa do mundo ou final de campeonato,algo em que não é.
   O Conclave não é um desfile de moda,Concurso de beleza( Garota Verão),escolha da Rainha da Fenadoce,Miss Universo,Final do BBB, da Copa do Mundo ou de uma eleição no Brasil.Onde todo mundo dá o seu palpite e torce para determinado candidato.
  A questão do conclave é muito complexa,de suma responsabilidade, além de ser um cargo de suma importância, para quem for escolhido.Bem como para os 115 cardeais eleitores de 48 países, que deverão escolher aquele que que será o rosto da visível da Igreja.
   Aquele em que além de administrador, ser´´a o porta voz,onde os holofotes da mídia mundial estar de olho nele o tempo todo.Mesmo numa época em que vivemos em relação a Igreja,uma indiferença, abandono, ela ainda tem muito crédito.
   As palavras dele ou seus gestos tem suma importância e influência na opinião pública mundial,mesmo com a crescente descristianização, evasão de fiéis em países e continentes de forte tradição católica como Itália, Polônia, Alemanha, Irlanda,Portugal, Espanha, França, México e Brasil...
   Como nos fala aquela anedota sobre a Conferência de Yalta ( 1945), entre Josef Stálin, Winston Churchill e Franklin Delano Roosevelt. Onde Winston Churchill propõe convidar o Papa Pio XII ( 1939-1958),para participar das conversações e Stálin,pergunta;" Quantos aviões,tanques e soldados o Papa tem?"
   O Papa não tem um poderoso exercito, mas tem um rebanho a ele confiado de 1,2 bilhões de fiéis em todo mundo desde Roma até as regiões mais remotas do planeta,onde a mídia e a tecnologia não chegaram.
   onde a fala do Papa sobre a Paz, Justiça e temas polêmicos em voga na humanidade como de origem moral e científico, no caso do divórcio, aborto,eutanásia, casamento igualitário e avanços científicos como clonagem, uso de células tronco...
   A sua opinião além de influenciar os 1,2 bilhões, tem influência nos outros 5 bilhões de moradores do planeta.
   Pois a Igreja esta em todas os rincões sua opinião pública tem peso nos governos,parlamentos e na vida cotidiana das pessoas diferentes de crenças ou não.
Bem mais do que a opinião do presidente da O NU,de super potências como a China ou Estados Unidos da América.
   Além da opinião, o eleito pelo conclave tem sobre si, uma responsabilidade de zelar a fé, e de uma tradição de quase dois mil anos iniciada na manhã de Pentecostes no cenáculo de Jerusalém ( At 2), e como exorta o Apóstolo Paulo, além do candidato saber que esta " desejando uma função sublime"( I Tm 3,1); além de ser" firmemente apegado a  doutrina da fé tal como foi ensinada,para poder exorcitar segundo a sã doutrina e rebater os que a contradizem " ( Tt 1,9), ou como fala Jesus a Pedro sobre as chaves ( Mt 16,19;Jo 21,15).
   Além de ter uma forte influência na opinião pública mundial, ser guardião e zelador da fé e de uma tradição milenares, além de saber lidar com interesses de lobbys poderosos dentro e bem como externamente que ameaçam a unidade da IGREJA.
    Tenho acompanhado os debates e palpites dos chamados " formadores de opinião" ou palpiteiros de plantão,vejo muitas desinformação, sarcasmos e sarros.
   Onde levam o conclave para o final da copa do mundo, ou como se fosse o final da novela das 21 hs ou de algum reality-show, algo em que o conclave não ée nem tem esta função.
   Os cardeais tem a responsabilidade de representar( não a si próprio), mas cada fiel da Igreja local á ele confiado.além do eleito pelos 114 cardeais saber de sua total e absoluta responsabilidade na administração e condução da Igreja no seu Pontificado.
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  * Membro da Equipe Arquidiocesana da Pastoral Operária de Pelotas/ RS

11 de mar. de 2013

2ª Semana Vocacional Missionária

FORMAÇÃO PARA ANIMADORAS
E ANIMADORES VOCACIONAIS-MISSIONÁRIOS
Brasília, de 8 a 12 de abril de 2013
O Centro Cultural Missionário juntamente à Conferência dos Religiosos do Brasil e às Pontifícias Obras Missionárias, promovem a 2ª Semana de Formação Missionária para Animadores e Animadoras Vocacionais.
Vocação e missão, assim como o discipulado e a missão, representam como que os dois lados da mesma moeda (cf. DAp 146): o chamado de Deus é sempre para uma missão e a missão sempre tem origem de um chamado e de um mandato de Deus. Mas como se processa essa experiência do "chamado" e do "envio" no mundo de hoje? O que significa fazer essa experiência de ser chamado por Deus, ao ponto de sair de si para se colocar a serviço dos outros, além de toda fronteira? De que maneira nossas congregações e instituições, nossos serviços de animação vocacional e missionária, nossos acompanhamentos espirituais, propõem o discernimento vocacional e a legitimidade das diversas tarefas missionárias?
São perguntas essas que precisam de novo ser situadas na cultura vocacional atual, para não correr o risco de "correr em vão" (Gl 2,2).
Vocação como opção de vida, como vida posta a serviço dos outros, implica uma experiência de êxodo de si mesmo para descobrir a alegria de ganhar a vida dando-a. É o paradoxo e a essência do Evangelho. A questão vocacional à luz da missão é uma questão fundamental de qualidade de vida, antes de ser uma questão de número de "vocações". Faz-se necessário discernir não só a vocação dos candidatos e das candidatas à Vida Religiosa, mas também a vocação e a missão dos que já estão na Vida Religiosa.
Por isso com essa semana de formação missionária gostaríamos propor os seguintes pontos de reflexão: desafios do contexto atual para o discernimento vocacional: reflexões sobre a cultura vocacional e missão; a pessoa da animadora e do animador vocacional missionário na cultura atual; a proposta missionária e a cultura vocacional atual; a cultura vocacional e o desafio do discernimento.
Tendo presente a excelente participação e aproveitamento da 1ª Semana Vocacional Missionária de 2012, convidamos as animadoras e os animadores vocacionais e missionários a participar desse importante momento de formação, para que se sintam sempre mais capacitados/as e qualificados/as a propor a ousadia do Evangelho, com autêntico espírito missionário, alem de toda fronteira.
Maiores informações: ccm.org.br
Fonte: http://crbnacional.org.br/site/