31 de out. de 2010

O Papa e o aborto no Brasil.

Por Leonardo Boff
É importante que na intervenção do Papa na política interna do Brasil acerca do tema do aborto, tenhamos presente este fato para não sermos vítimas de hipocrisia: nos catolicíssimos países como Portugal, Espanha, Bélgica, e na Itália dos Papas já se fez a descriminalização do aborto (Cada um pode entrar no Google e constatar isso). Todos os apelos dos Papas em contra, não modificaram a opinião da população quando se fez um plebiscito. Ela viu bem: não se trata apenas do aspecto moral, a ser sempre considerado (somos contra o aborto), mas deve-se atender também a seu aspecto de saúde pública. No Brasil a cada dois dias morre uma mulher por abortos mal feitos , como foi publicado recentemente em O Globo na primeira página. Diante de tal fato devemos chamar a polícia ou chamar médico? O espírito humanitário e a compaixão nos obriga a chamar o médico até para não sermos acusados de crime de omissão de socorro.
Curiosamente, a descriminalização do aborto nestes países fez com que o número de abortos diminuísse consideravelmente.
O organismo da ONU que cuida das Populações demonstrou há anos que quando as mulheres são educadas e conscientizadas, elas regulam a maternidade e o número de abortos cai enormemente. Portanto, o dever do Estado e da sociedade é educar e conscientizar e não simplesmente condenar as mulheres que, sob pressões de toda ordem, praticam o aborto. É impiedade impor sofrimento a quem já sofre.
Vale lembrar que o cânon 1398 condena com a excomunhão automática quem pratica o aborto e cria as condições para que seja feito. Ora, foi sob FHC e sendo ministro da saúde José Serra que foi introduzido o aborto na legislação, nas duas condições previstas em lei: em caso de estupro ou de risco de morte da mãe. Se alguém é fundamentalista e aplica este cânon, tanto Serra quanto Fernando Henrique estariam excomungados. E Serra nem poderia ter comungado em Aparecida como ostensivamente o fez. Mas pessoalmente não o faria por achar esse cânon excessivamente rigoroso.
Mas Dom José Sobrinho, arcebispo do Recife o fez. Canonista e extremamente conservador, há dois anos atrás, quando se tratou de praticar aborto numa menina de 9 anos, engravidada pelo pai e que de forma nenhuma poderia dar à luz ao feto, por não ter os órgãos todos preparados, apelou para este cânon 1398 e excomungou os médicos e todos os que participaram do ato. O Brasil ficou escandalizado por tanta insensibilidade e desumanidade. O Vaticano num artigo do Osservatore Romano criticou a atitude nada pastoral deste Arcebispo.
É bom que mantenhamos o espírito crítico em face desta inoportuna intervenção do Papa na política brasileira fazendo-se cabo eleitoral dos grupos mais conservadores. Mas o povo mais consciente tem, neste momento, dificuldade em aceitar a autoridade moral de um Papa que durante anos, como Cardeal, ocultou o crime de pedofilia de padres e de bispos.
Como cristãos escutaremos a voz do Papa, mas neste caso, em que uma eleição está em jogo, devemos recordar que o Estado brasileiro é laico e pluralista. Tanto o Vaticano e o Governo devem respeitar os termos do tratado que foi firmado recentemente onde se respeitam as autonomias.
Um abraço fraterno


23 de out. de 2010

Logo Marca da Festa de Nossa Senhora dos Navegantes



A Equipe de divulgação e Comunicação dos 200 Anos da Festa de Nossa Senhora dos Navegantes em São Jose´Do Norte criou a marca para festa da padroeira.
O logo passará a ser utilizado nos materias comemorativos para o evento.

São Jose do Norte RS





20 de out. de 2010

Frei Betto: Dilma e a fé cristã

Reproduzo artigo de Frei Betto, publicado na coluna "Tendências/Debates" da Folha:

Conheço Dilma Rousseff desde criança. Éramos vizinhos na rua Major Lopes, em Belo Horizonte. Ela e Thereza, minha irmã, foram amigas de adolescência. Anos depois, nos encontramos no presídio Tiradentes, em São Paulo. Ex-aluna de colégio religioso, dirigido por freiras de Sion, Dilma, no cárcere, participava de orações e comentários do Evangelho. Nada tinha de "marxista ateia".

Nossos torturadores, sim, praticavam o ateísmo militante ao profanar, com violência, os templos vivos de Deus: as vítimas levadas ao pau-de-arara, ao choque elétrico, ao afogamento e à morte.

Em 2003, deu-se meu terceiro encontro com Dilma, em Brasília, nos dois anos em que participei do governo Lula. De nossa amizade, posso assegurar que não passa de campanha difamatória - diria, terrorista - acusar Dilma Rousseff de "abortista" ou contrária aos princípios evangélicos. Se um ou outro bispo critica Dilma, há que se lembrar que, por ser bispo, ninguém é dono da verdade.

Nem tem o direito de julgar o foro íntimo do próximo. Dilma, como Lula, é pessoa de fé cristã, formada na Igreja Católica. Na linha do que recomenda Jesus, ela e Lula não saem por aí propalando, como fariseus, suas convicções religiosas. Preferem comprovar, por suas atitudes, que "a árvore se conhece pelos frutos", como acentua o Evangelho.

É na coerência de suas ações, na ética de procedimentos políticos e na dedicação ao povo brasileiro que políticos como Dilma e Lula testemunham a fé que abraçam. Sobre Lula, desde as greves do ABC, espalharam horrores: se eleito, tomaria as mansões do Morumbi, em São Paulo; expropriaria fazendas e sítios produtivos; implantaria o socialismo por decreto...

Passados quase oito anos, o que vemos? Um Brasil mais justo, com menos miséria e mais distribuição de renda, sem criminalizar movimentos sociais ou privatizar o patrimônio público, respeitado internacionalmente.

Até o segundo turno, nichos da oposição ao governo Lula haverão de ecoar boataria e mentiras. Mas não podem alterar a essência de uma pessoa. Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária ao conteúdo da fé cristã e aos princípios do Evangelho.

Certa vez indagaram a Jesus quem haveria de se salvar. Ele não respondeu que seriam aqueles que vivem batendo no peito e proclamando o nome de Deus. Nem os que vão à missa ou ao culto todos os domingos. Nem quem se julga dono da doutrina cristã e se arvora em juiz de seus semelhantes.

A resposta de Jesus surpreendeu: "Eu tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; estive enfermo e me visitastes; oprimido, e me libertastes..." (Mateus 25, 31-46). Jesus se colocou no lugar dos mais pobres e frisou que a salvação está ao alcance de quem, por amor, busca saciar a fome dos miseráveis, não se omite diante das opressões, procura assegurar a todos vida digna e feliz.

Isso o governo Lula tem feito, segundo a opinião de 77% da população brasileira, como demonstram as pesquisas. Com certeza, Dilma, se eleita presidente, prosseguirá na mesma direção.

Escolhida música do hino da Campanha da Fraternidade de 2011

A letra do hino da Campanha da Fraternidade de 2011 já havia sido escolhida através de concurso realizado, de setembro a dezembro de 2009. Agora foi escolhida a música. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) recebeu mais de 80 músicas e a escolha foi feita por uma equipe formada por profissionais da área liturgico-musical e homologada pelos bispos do Conselho Episcopal de Pastoral (Consep).
O assessor de músicas da CNBB, padre José Carlos Sala, ressalta a riqueza das composições e a grande diversidade musical, própria da realidade cultural de nosso país. “A letra do hino tem profunda fundamentação bíblica, é um convite à reflexão sobre as agressões à vida no planeta e um impulso maior ao cuidado da vida. Nossa mãe terra, Senhor, geme de dor noite e dia. Será de parto essa dor? Ou simplesmente agonia?! Vai depender só de nós!”, destaca o assessor, citando um dos trechos do hino da CF 2011.
Desde 2006, por decisão dos bispos do Conselho Episcopal de Pastoral (Consep), o CD da Campanha da Fraternidade traz o hino e o repertório quaresmal correspondente a cada ano.
Segundo o padre Sala, o hino poder ser executado nas celebrações, a critério da equipe de celebração e de quem preside. “Por exemplo, em algum momento da homilia – o que facilitará a vinculação da liturgia da palavra com a vida (tema da CF) – ou nos ritos finais, no momento do envio”.
A Campanha da Fraternidade 2011 tem como tema: Fraternidade e a vida no planeta, lema: “A criação geme em dores de parto.” (Rm 8,22). A letra do hino foi composta pelo padre José Antônio de Oliveira, e a música é de Casimiro Nogueira. A CNBB agradece a todos aqueles que colocaram seus dos poéticos e musicais participando do concurso do Hino da CF 2011.
O hino passará agora pelo processo de gravação para no segundo semestre estar à disposição das comunidades.
Confira aqui o hino da CF 2011.

19 de out. de 2010

Nossa Senhora dos Navegantes


 
 Em 1811 um grupo de homens que trabalhavam nas operações de carga e descarga dos navios iniciou um movimento de festividade religiosa em veneração a Nossa Senhora dos Navegantes. Como não tinham a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes, utilizavam uma imagem de Nossa Senhora do Rosário.
Desde o inicio o vigário da povoação do Norte prestigia a festividade de origem popular. Acompanhado pelos devotos, o sacerdote abria uma procissão, em que levada em andor a imagem de Nossa Senhora do Rosário e, chegando à praia, todos tomavam os seus lugares nos barcos que enveredavam em direção aos navios ancorados. Ao passar por eles, o vigário lançava a sua benção, em gesto de gratidão os tripulantes lançavam às águas as suas oferendas e flores.
Anos mais tarde, o templo de São José do Norte ganhou a sua imagem de Nossa Senhora dos Navegantes que, segundo o escritor rio-grandino Marcos de Miranda Armando (intendente municipal de São José do Norte entre 1912 à 1920), foi oferecida a Irmandade criada sob à sua invocação por capitães, mestres tripulantes de variadas categorias, homens que, arrostando, permanentemente os perigos do mar em frágeis embarcações enchiam-se de fé para implorar a proteção da Virgem.
A imagem era de pequenas dimensões e fora mandado fazer na Bahia então um centro famoso de artistas escultores em madeira, com finalidades sacras.
Colocada no interior de um barquinho delicadamente confeccionado a imagem chegou ao Rio Grande no dia 21 de dezembro de 1875 e logo foi levada para a Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes da Vila do Norte, tendo sido levada processionalmente através do canal, a bordo de uma catraia pertencente a Fortunato Gomes Polônia. A catraia foi rebocada pelo vapor “Progresso”, seguido de extenso cortejo de embarcações.
Em 2011 a festa completa 200 anos a mais antiga do estado. O tema que guiará a reflexão é: "Com Maria, na fé e na perseverança, celebramos 200 anos de caminhada".

Eleição, agressividade e o Espírito


Jung Mo Sung *
É cristianismo uma religião da proibição, que impõe sobre toda a população (seja cristã ou não) seus valores à base da "espada" ou da lei do Estado? A história nos mostra que em parte foi e continua tentando ser esse tipo de religião da imposição através da proibição. Valores religiosos não podem ser impostos a não ser proibindo alternativas, pois valores religiosos e éticos só são valores para as pessoas que os praticam se assumidos livremente. Como não se pode impor o assumir livremente, o que seria uma contradição, a única forma de realizar o desejo da imposição dos seus valores é proibindo alternativas - através da força, do medo do inferno ou da lei do Estado.
No fundo é isso que está acontecendo nesta eleição, como também ocorreu nas anteriores, em torno da questão do aborto e do casamento ou união civil dos homossexuais (tema que está, entrando agora na polêmica). Setores da igreja católica e das igrejas evangélicas, que fora da época das eleições se vêem como "inimigas", se unem contra um mesmo inimigo proibindo os seus fiéis de votarem na figura que representaria o mal por não querer obedecer às leis de Deus (leis essas reduzidas ao campo da sexualidade humana e na forma interpretada pela sua igreja).  
(A teoria do desejo mimético de René Girard nos oferece uma interpretação muito interessante de como esses dois setores rivais do cristianismo estão, no fundo, imitando uns aos outros, sendo iguais, tanto na eleição quando lutam contra o inimigo comum, quanto na luta de um contra o outro na ausência desse inimigo. É por isso que muitos desses setores evangélicos assumem discursos e ritos católicos, como setores católicos -carismáticos ou mais conservadores- imitam as igrejas evangélicas conservadoras e pentecostais.)
Esta imposição traz consigo uma contradição interna. As pessoas que querem impor, em nome de Deus, os seus valores ou crenças religiosas sobre outros grupos sabem, no fundo, que há algo de errado neste processo. Sabem que tentar impor esses valores a toda população através de proibições é no fundo reconhecer que são incapazes de mostrar, através de testemunho e ensino, o valor dessas crenças e valores morais. Ao tentar impor sobre os diferentes os seus valores, reconhecem que estão falhando na sua missão de anunciar a boa-nova (o evangelho) que só pode ser assumido livremente. Por isso, o discurso da proibição vem acompanhado de tanta agressividade contra os ditos "inimigos" de Deus ou das suas igrejas. No fundo é uma agressividade dirigida contra o "inimigo" e ao mesmo tempo contra o seu sentimento de fracasso no que pensa ser a sua missão.
Agressividade e falta de cuidado em verificar a veracidade das informações difundidas (para dizer o mínimo) revelam que há algo de errado no cristianismo vivido e defendido por esses grupos.
Se é verdade que historicamente o cristianismo foi vivido e se expandiu através desses mecanismos de imposição e proibição do alternativo, do diferente, também é verdade que nem toda a história do cristianismo foi e é assim. Mais importante do que isso, não é compatível com o cristianismo primitivo, muito menos com a vida de Jesus de Nazaré.
A boa-nova aos pobres e às vítimas das situações e estruturas opressivas (nisso resume a evangelização, cf. Lc 4) deve ser anunciada e testemunhada de forma propositiva para que seja aceita e vivida em liberdade. Pois como ensinou são Paulo, "onde está o Espírito, está a liberdade" (2Cor 3,17).
Por isso, a atuação dos cristãos na política deve ser fundamentalmente de modo propositivo e não acusatório e agressivo. Pois estamos anunciando e lutando por valores que "valem por si"; e que só são valores na medida em que são vividos com respeito e tolerância aos diferentes, dentro de espírito da liberdade. Devemos apresentar e lutar por propostas sociais e políticas, baseadas em nossa esperança de um mundo mais justo e solidário, onde até os mais pobres possam viver dignamente, com "respeito e mansidão" (cf 1Pe 3,15).
É claro que entre cristãos pode e deve haver diversidade nas linhas de propostas políticas e sociais, pois o evangelho não nos oferece programa político concreto para os nossos dias, mas nos ensina que devemos lutar para que todos e todas tenham vida em abundância (cf Jo 10,10). O que significa que lutar pelo "pão" dos mais pobres e o reconhecimento da dignidade humana de todas as pessoas devem ser uma prioridade na ação social e política dos cristãos e das igrejas.
A forma como se faz a política e atua nas eleições revela o verdadeiro espírito que move os seus agentes. É verdade que no "mundo" há muitos políticos que crêem que tudo é válido para alcançar os seus objetivos. Há muitos que acreditam que a agressividade nas acusações (e calúnias) revela a seriedade do seu compromisso religioso e ético. Mas, eu penso que a agressividade revela outra coisa, um outro espírito, diferente do Espírito do Amor-solidário (ágape)que deveria mover as comunidades e pessoas cristãs.
[Autor, junto com Hugo Assmann, do livro "Deus em nós: o reinado que acontece no amor-solidário aos pobres", 2010, Paulus].
* Coord. Pós-Graduação em Ciências da Religião, Universidade Metodista de São Paulo
Fonte: http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=51676

7 de out. de 2010

Camihares de São Fancisco


Clevane Pessoa de Araújo Lopes

Em anuência à simplicidade,
Francesco despe as vestes do poder,
as personas da nobreza,
troca o relativo pelo absoluto
e sai
pelo mundo a colecionar belezas:
as águas que lhe mitigam a sede,
o sol
que a pele lhe aquece,
a lua
que o veste de luz
as aves
cuja siringe o en/canta
as árvores
em cuja sombra
descansa
qual cordeiro do Senhor...
Francesco enlouquece
de Amor !
Fala com as criaturas
chamadas irracionais,
não se abriga aos temporais,
divide todo alimento...

Prefere
ser ferido a ferir,
nem com a palavra mais leve,
ele fere
a doçura é o seu agir...

Não se toca
se não é compreendido:
o que importa é compreender...

Francisco,para quem a porta
se sua casa se fechou,
envergonhou a família
ao se apaixonar pela singeleza,
tão pouquinho sendo manto,
a mera manhã tendo tanto
brilho em seu canto
quando canta o amigo sol,
da irmã lua,o encanto...

Desamado,
não se põe envergonhado
perante o Absoluto,
que o enriquece
de Graça...
O importante é amar...
E ama,apaixonado
pelo vôo da borboleta,
pelo teatro das nuvens,
pelas cores das folhas,
das flores...

Ama e ora,sem necessidade de Missa,
sem nenhum rito da Igreja...
E Francisco ama Clarissa
sem desejo carnal...
Ela
o segue no ideal,
de servir,
antes de servidos serem...

Ela o compreende,isso é tudo...
"Oh Pai,reza ele,
fazei que eu possa mais
compreender que ser compreendido"...

Ele se dá,na gloriosa alegria
da loucura santa...
"É doando que se recebe"...
E aos olhos do povo,em louco se faz,
de si mesmo,se refaz:
"Senhor,fazei de mim
um instrumento de Tua Paz"...

"Onde ódio houver,
que o amor eu leve",
leve folha a voar pelas estradas,
poentas e solitárias,
a falar de amorosidade,
em cada cidade,
a cada pessoa
ensina ,determina,
que é preciso ser sempre boa,
a cada instante ,de fato...

Em havendo dúvidas,
pedia o louquinho de Deus,
que eu leve aos filhos teus,
a fé...

Se as pessoas se ofendem,
mostrar-lhes-ei as batidas
do próprio coração,
para que escutem a voz do perdão...

Se estiverem desunidos,
e a discórdia ocorrer em aluvião
que eu saiba como "levar a união"...

Aos que choram ,sofrem
e estão desconsolados,
que eu saiba as palavras exatas,
pois quero "mais
consolar que ser consolado"...

E assim Francisco
se ofereceu
sendo até hoje lembrado...
Muito amou,
mas até hoje,também
é um santo amado,venerado
em imagens de barro,
do barro que ele pisava,
descalço em seus caminhares...

Os santeiros
enchem seus ombros
e colocam-lhe na cabeça,
e cercam-lhe cada pé,
com passarinhos
delicados,
a bicar seus pensamentos,
passarinheiros
e cantadores,
a inspirar sua prece...
É assim que por Deus se enlouquece,
é bom ser louco de Amor,
é belo ser doido por fé...

Amar....


Amar e ser amado
Amar e querer transformar
Transformar ódio em amor
Amor que destrói barreiras entre pessoas
Amor que supera preconceitos
Amor...que é simplesmente Amor
Simplesmente Amor...Sem Amor nada poderei fazer Amor é
O que transforma corações de pedra em corações de carne.
Amar é ver no outro tudo de bom
Mesmo que o outro tenha os maiores defeitos..
Pois, não existe pessoa que não tenha em seu coração a centelha do amor
Porque todos somos criaturas do Amor, que é Deus. DEUS É AMOR.