.- O Padre Serafim Fernandez, reitor do Santuário de Nossa Senhora da Penha, localizado próximo à zona ocupada recentemente pelas forças de segurança do Estado, afirmou ao site da arquidiocese do Rio de Janeiro que não sairá do local apesar dos momentos de tensão vividos.
"Passamos por um momento difícil, mas a esperança de paz nunca morre. É tempo de nos unirmos em oração na certeza de que o bem sempre vai superar o mal”, afirmou o padre reitor da Penha.
Desde o início das operações das forças de segurança na Vila Cruzeiro, Zona Norte do Estado, esta foi a postura assumida pelo Reitor do Santuário Nossa Senhora da Penha,que vem sendo um motivador para a Comunidade.
“Minha missão é ser uma presença solidária para tentar animar aqueles que possam estar abatidos com todos estes confrontos, disse o Pe. Fernandez na entrevista divulgada pelo site da arquidiocese carioca.
Com um perfil atencioso, acolhedor e voltado para a solidariedade, Padre Serafim, há 14 anos no Santuário, neste momento em que a situação é ainda turbulenta em sua comunidade, vem buscando levar todos à fé. No último domingo, 28 de novembro, os horários das missas não foram alterados. Durante as 4 celebrações eucarísticas do dia, a presença dos fieis foi marcante: mais de 400 pessoas.
“Não aceitamos mudar a programação da Igreja devido ao confronto. (...) Passamos por um momento difícil, mas a esperança de paz nunca morre. É tempo de nos unirmos em oração, na certeza de que o bem sempre vai superar o mal”, afirmou o padre reitor da Penha.
Sua maior preocupação está sendo com as vidas envolvidas. Tanto as dos policiais quanto as dos traficantes: “O que fico preocupado nesses confrontos é com as vítimas. Das duas partes, há pessoas com famílias”, afirmou o sacerdote.
Sobre a ocupação, Padre Serafim explicou que principalmente a sua fé o faz otimista.
“Percebo, de todos os lados, um sentimento de esperança por parte dos moradores. Se a ocupação vai dar certo e trazer a paz que tanto desejamos, só o tempo vai dizer”, partilhou.
Embora na quarta-feira Padre Serafim tenha passado pela experiência da invasão de bandidos ao Santuário, na busca por refúgio, e na quinta tenha precisado driblar o clima de tensão e dar continuidade à programação das missas, mesmo durante uma das mais intensas operações policiais da história da Cidade, o Sacerdote não se ausentou da comunidade.
“Nunca fui incomodado por algum líder do tráfico ou algo assim. Mas não vou sair daqui. Não importa o que aconteça. Não vou abandonar o barco, mesmo com toda essa confusão”, afirmou o padre Serafim na entrevista publicada no site da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro
Fonte: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=20727
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