Uma greve de fome no Templo Santo da Pachamama
Carta da diretora-executiva da Fundación Pueblo Indio do Equador, Nidia Arrobo Rhodes, fundada por Dom Leonidas Proaño. No texto, Rhodes fala sobre a greve de fome de Dom Gonzalo López Marañón, devido à grave situação da Igreja de Sucumbíos, no Equador.
Fiéis acompanham a greve de fome.
Queridos amigos, irmãos e companheiros:
Como todos sabem, desde o dia 24 de maio, Dom Gonzalo López Marañón se encontra em "jejum voluntário por tempo indeterminado", como expressou em sua carta, na qual dá as razões para optar por essa ação de amor extremo e de ação não violenta ativa e, como ele mesmo reconhece, é uma "decisão incomum para um bispo".
A finalidade do seu jejum é "para que se dê a reconciliação entre irmãos e irmãs, que se curem as feridas abertas e que volte a paz àquela terra" de Sucumbíos, tão querida e tão ultrajada nesses últimos seis meses, na qual ocorreram "inúmeras perdas e divisões na comunidade cristã e cívica".
Dom Gonzalo López, aos seus 77 anos de idade, decidiu realizar esse jejum e oração na intempérie, acampando no Parque de La Alameda, situado a poucos metros do sul do centro histórico de Quito, em frente à Igreja de Belén (uma das primeiras igrejas do país) e a poucos metros do lugar onde Jumandi, índio amazônico, foi massacrado por ter se rebelado contra o poder colonial, lá no século XVI. Tudo tem grandes conteúdos simbólicos.
A cada dia, Dom Gonzalo, com seu humor de sempre, recebe a visita de todos os que chegam. Reza diante de Jesus Sacramentado ali presentes. Dialoga, descansa e, às 17h, celebra a Eucaristia nesse Templo Santo da Pachamama, ao ar livre, em meio às robustas árvores e às lendárias palmeiras, junto às águas que percorrem esses espaços maravilhosos do parque de Quito, águas santas que, à noite, se iluminam e dançam ao som de belíssimas notas musicais.
Chova ou faça sol, todos os dias ele parece mais radiante, mais em paz, cheio de mansidão e sobretudo feliz. Quando se está junto com ele, sente-se que se está ao lado de um bem-aventurado! Não é por nada que Jesus disse: "Bem-aventurados os que trabalham pela paz, porque serão reconhecidos como filhos de Deus", e ali, a cada dia, reconhecemos Dom Gonzalo como verdadeiro filho de Deus.
E Jesus também proclama: "Bem-aventurados os que agora têm fome, porque serão saciados", e essa busca de "reconciliação e cura das feridas abertas" lá na bendita terra de Sucumbíos, pela qual o bispo entrega a sua vida, pouco a pouco vai ocorrendo... vai ir ocorrendo... até que "todos sejam um"... até que todos voltem a ser um, tal como ele os deixou na sua saída intempestiva. Dom Gonzalo se saciará de justiça, paz e reconciliação.
Convido a todos os companheiros e irmãos a visitá-lo, a lhe enviar mensagens, a acompanhá-lo com a oração permanente. E aqueles que puderem, de onde estejam, também o acompanhem com o jejum, pois o próprio Jesus também nos diz em seu evangelho que certos demônios só são expulsos com oração e jejum. Comprovamos isso.
E dado que tudo isso é de Deus, constatamos que sua fortaleza cresce dia a dia, e que à medida que as forças físicas vão diminuindo... seu espírito se agiganta.
Hoje, em Quito, na Alameda, temos um espaço sacramental, no qual nos encontramos na comunidade, nos encontramos com Deus. Aproveite-mo-lo.
Como todos sabem, desde o dia 24 de maio, Dom Gonzalo López Marañón se encontra em "jejum voluntário por tempo indeterminado", como expressou em sua carta, na qual dá as razões para optar por essa ação de amor extremo e de ação não violenta ativa e, como ele mesmo reconhece, é uma "decisão incomum para um bispo".
A finalidade do seu jejum é "para que se dê a reconciliação entre irmãos e irmãs, que se curem as feridas abertas e que volte a paz àquela terra" de Sucumbíos, tão querida e tão ultrajada nesses últimos seis meses, na qual ocorreram "inúmeras perdas e divisões na comunidade cristã e cívica".
Dom Gonzalo López, aos seus 77 anos de idade, decidiu realizar esse jejum e oração na intempérie, acampando no Parque de La Alameda, situado a poucos metros do sul do centro histórico de Quito, em frente à Igreja de Belén (uma das primeiras igrejas do país) e a poucos metros do lugar onde Jumandi, índio amazônico, foi massacrado por ter se rebelado contra o poder colonial, lá no século XVI. Tudo tem grandes conteúdos simbólicos.
A cada dia, Dom Gonzalo, com seu humor de sempre, recebe a visita de todos os que chegam. Reza diante de Jesus Sacramentado ali presentes. Dialoga, descansa e, às 17h, celebra a Eucaristia nesse Templo Santo da Pachamama, ao ar livre, em meio às robustas árvores e às lendárias palmeiras, junto às águas que percorrem esses espaços maravilhosos do parque de Quito, águas santas que, à noite, se iluminam e dançam ao som de belíssimas notas musicais.
Chova ou faça sol, todos os dias ele parece mais radiante, mais em paz, cheio de mansidão e sobretudo feliz. Quando se está junto com ele, sente-se que se está ao lado de um bem-aventurado! Não é por nada que Jesus disse: "Bem-aventurados os que trabalham pela paz, porque serão reconhecidos como filhos de Deus", e ali, a cada dia, reconhecemos Dom Gonzalo como verdadeiro filho de Deus.
E Jesus também proclama: "Bem-aventurados os que agora têm fome, porque serão saciados", e essa busca de "reconciliação e cura das feridas abertas" lá na bendita terra de Sucumbíos, pela qual o bispo entrega a sua vida, pouco a pouco vai ocorrendo... vai ir ocorrendo... até que "todos sejam um"... até que todos voltem a ser um, tal como ele os deixou na sua saída intempestiva. Dom Gonzalo se saciará de justiça, paz e reconciliação.
Convido a todos os companheiros e irmãos a visitá-lo, a lhe enviar mensagens, a acompanhá-lo com a oração permanente. E aqueles que puderem, de onde estejam, também o acompanhem com o jejum, pois o próprio Jesus também nos diz em seu evangelho que certos demônios só são expulsos com oração e jejum. Comprovamos isso.
E dado que tudo isso é de Deus, constatamos que sua fortaleza cresce dia a dia, e que à medida que as forças físicas vão diminuindo... seu espírito se agiganta.
Hoje, em Quito, na Alameda, temos um espaço sacramental, no qual nos encontramos na comunidade, nos encontramos com Deus. Aproveite-mo-lo.
Blog da Igreja de San Miguel de Sucumbíos - Isamis, 29-05-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Fonte: http://www.domtotal.com/noticias/detalhes.php?notId=332843
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