23/04/2013 | Jaime C. Patias
O papa Francisco decidiu retomar o
processo de beatificação do arcebispo de San Salvador, dom Oscar Arnulfo
Romero, que se encontrava arquivado desde 1997, quando começou o
processo. Romero foi morto por um franco-atirador em 24 de março de 1980
enquanto presidia a uma missa na capela do hospital de San Salvador.
Considerado um mártir da Igreja dos
pobres e da teologia da libertação, dom Oscar Romero foi assassinado por
seu compromisso com os excluídos, contra a desigualdade social na
América Latina e a violência da ditadura de seu país. A causa de
beatificação estava parada porque, para setores conservadores da Igreja a
mensagem de Romero tinha uma certa carga de orientação política.
Segundo
o jornal italiano "La República", o defensor da causa, dom Vincenzo
Paglia, presidente do Conselho Pontifício para a Família, anunciou que
"a causa de beatificação foi desbloqueado". A informação da conta de que
o anúncio foi feito em Molfetta, perto de Bari, na Itália por ocasião
da celebração do vigésimo aniversário da morte de dom Tonino Bello,
bispo presidente da Pax Christi, que também se encontra em processo de
beatificação.
O arcebispo, membro da Comunidade de
Sant'Egidio, disse que Romero "poucos meses antes de sua morte nas mãos
de esquadrões da morte" havia afirmado que o Concílio Vaticano II pedia a
todos os cristãos para serem mártires, ou seja, dar vida e às vezes dar
o sangue, mas todos são convidados a dar a sua vida".
Romero, embora proveniente de uma ala
conservadora da Igreja e perto da Opus Dei, nunca deixou de denuncuar os
esquadrões da morte militares e paramilitares pelo assassinato de
adversários políticos.
Fonte: www.oclacc.org
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