Cerca de uma a cada dez quedas d’água dos EUA
estão a secar, e a tendência é de piorar com o aquecimento, diz estudo
da Universidade do Colorado. “Pela metade do século, a expectativa é que
haja menos fontes superficiais de água em diversas partes dos EUA”, diz
o coordenador do estudo, Kristen Averyt, diretor-associado de ciências
do Instituto Cooperativo de Pesquisa em Ciências Meteorológicas de
Colorado Boulder. Por Sarah Lazare
Queda d'água no Alaska, EUA. Foto de Arthur Chapman
É chocante a estatística que diz que uma em cada dez quedas d’água nos
EUA está em estado de “tensão”, já que a alta procura nacional por água
excede em muito a capacidade de a natureza prover. E a tendência é de
piorar, à medida que o clima continua a aquecer, afirma um alarmante
estudo da Universidade de Colorado.
“Pela metade do século, a expectativa é que haja menos fontes
superficiais de água em diversas partes dos EUA”, diz o coordenador do
estudo, Kristen Averyt, diretor-associado de ciências do Instituto
Cooperativo de Pesquisa em Ciências Meteorológicas de Colorado Boulder.
Os pesquisadores avaliaram oferta e procura de água para todas as 2.013
quedas d’água nos EUA continental e verificaram que 193 já estão sob
“tensão”, o que quer dizer que elas simplesmente não são mais capazes de
fornecer a quantidade de água correspondente à necessidade.
Eles também verificaram a tensão extrema sobre a água superficial entre
1999 e 2007, e usaram esses dados para prever os padrões futuros. O
prognóstico não é bom. “As temporadas em que as águas mais baixaram
recentemente – em tempos em que houve muita procura sobre os rios e
outros corpos de água – vão ser cada vez mais a regra, e não a exceção, à
medida que o clima aquece”, diz uma declaração no estudo.
Em grande parte dos EUA, a maior procura por água vem da agricultura.
No entanto, cidades grandes, bem como centrais de energia que precisam
de água para resfriamento, podem também ter muita influência nessa
procura excessiva de água. Isso deixa o Oeste dos EUA particularmente
vulnerável, pois a margem entre procura e oferta é muito pequena, numa
região que depende de água importada e armazenada.
Os autores alertam que a crise da água só vai piorar com o aquecimento
global. “Projeções futuras de procura e oferta de água variam muito de
acordo com a região, mas está claro que as mudanças climáticas provocam
aumento nacional da procura de água e diminuem a oferta”, diz o estudo.
Fonte: www.esquerda.net
Publicado na Carta MaiorTradução: Rodrigo Mendes para a Carta Maior
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