Frei Almir Ribeiro Guimarães
Quero
evocar a lembrança do Menino que nasceu em Belém e todos os incômodos que
sofreu desde a sua infância: quero vê-lo tal qual ele era, deitado numa
manjedoura e dormindo sobre o feno, entre um boi e um burro
1Celano 84
Num lugarejo chamado Greccio, não muito longe de
Rieti, dois anos antes de sua morte, Francisco resolveu fazer uma
encenação do presépio: um manjedoura, os animais, as coisas simples, o
essencial. Na noite santa a celebração da Eucaristia. Sobre a toalha do altar,
verdadeiro presépio, o Cristo pão. Natal e Eucaristia se conjugam.
Queria o santo ver com seus próprios olhos,
plasticamente, como as coisas tinham acontecido. Singeleza, simplicidade…
Um menino todo fragilidade como todos os meninos da face da terra, filho da
Pobre Maria, da Paupércula. O menino dependia dos peitos da mãe. Uma criança
que vem do infinito e que necessita de todos os cuidados e atenções dos
humanos. O Santo fica extasiado com o Deus pobre. A pobreza do Filho de
Deus passa a ser a sua via, a sua estrada. Pobreza que é caminho, mas é
esposa. Francisco compreenderá que a pobreza acompanhará os passos de Cristo e
ele não querer outra coisa senão seguir os passos de Jesus e de sua
mãezinha pobre.
O sacerdote celebrou a missa, Francisco fez o
sermão, parecia ter mel nos lábios quando falava o nome de Jesus. E quando
pronunciava a palavra Belém era como se imitasse o som do balido de uma ovelha…
Êxtase diante de Deus feito criança e pobreza.
Achava o santo que se deveria, no Natal, esfregar
carne nas paredes para que estas soubessem que Deus veio morar entre nos.
Queria também que os animais, sobretudo os pássaros, recebessem ração dupla e ,
quando natal caísse em sexta-feira ficava abolido o jejum.
Há um mistério de paz, de bondade e de
proximidade no presépio do frágil menino
Fonte: :
http://www.franciscanos.org.br/?p=48832#sthash.se3SMZlS.dpuf
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