Nas origens da fraternidade
Frei Odair Verussa frade capuchinho, da Provincia de São Paulo faz um reflexão a respeito da "Sacerdotalização" da Ordem franciscana. Termo usado por Landini, Manselli, Rusconi, Grado Giovanni Merlo e outros historiadores franciscanos vêem usando em lugar de clericalização porque parece indicar melhor a progressiva introdução dos frades menores no organismo eclesiástico e na ação pastoral. Além disso, evita a falsa alternativa entre o caráter “laical” ou “clerical” da primitiva fraternidade e da sua evolução em Ordem. A alternativa verdadeira está, para Luigi Pellegrini, entre a “absoluta precariedade e instabilidade das origens e o sucessivo processo de estabilização e normalização institucional”.
Portanto a sacerdotalização da fraternidade de Frei Francisco começa cedo. Os primeiros que foram com ele pedir a aprovação da Igreja em 1209 certamente eram leigos, mas a mesma aprovação desperta o interesse e a chegada de clérigos, sacerdotes ou não. É a eles que o Testamento se refere quando diz: “os clérigos rezavam o ofício”. Frei Leão, Frei Iluminato são desse grupo e são sacerdotes. Em 1211 entra Frei Silvestre, sacerdote! O número dos clérigos, todavia vai crescer bastante entre 1217 e 1220. Entre eles já há vários mestres aos quais quase espontaneamente a fraternidade vai confiando o serviço fraterno de ministros, sem excluir os irmãos leigos, levando-os a assumir os destinos da jovem fraternidade. Frei Caetano Esser faz este precioso comentário: “Os ministros se encontravam frente a homens da Idade Média e o homem medieval por si mesmo não pensa nem vive senão de forma cooperativa, em corporações. Essa mentalidade leva a entender que devia haver na Ordem uma estrutura social bem definida. Francisco sustentava ao contrário sua concepção pessoal, querendo o homem bem enraizado em si mesmo e na inspiração divina, como se pode deduzir em primeiro lugar da concepção franciscana de obediência nos primeiros tempos. Sob este aspecto Francisco estava claramente em vantagem em relação ao seu tempo... e mesmo fazendo algumas concessões soube manter e conservar solidamente o seu ponto de vista“ (Introduzione Alla Regola Franciscana, 26-27). Com a sua profunda convicção da importância da fraternidade, Francisco sinaliza para a individualidade e subjetividade típicas da modernidade. Leia mais:
Frei Odair Verussa frade capuchinho, da Provincia de São Paulo faz um reflexão a respeito da "Sacerdotalização" da Ordem franciscana. Termo usado por Landini, Manselli, Rusconi, Grado Giovanni Merlo e outros historiadores franciscanos vêem usando em lugar de clericalização porque parece indicar melhor a progressiva introdução dos frades menores no organismo eclesiástico e na ação pastoral. Além disso, evita a falsa alternativa entre o caráter “laical” ou “clerical” da primitiva fraternidade e da sua evolução em Ordem. A alternativa verdadeira está, para Luigi Pellegrini, entre a “absoluta precariedade e instabilidade das origens e o sucessivo processo de estabilização e normalização institucional”.
Portanto a sacerdotalização da fraternidade de Frei Francisco começa cedo. Os primeiros que foram com ele pedir a aprovação da Igreja em 1209 certamente eram leigos, mas a mesma aprovação desperta o interesse e a chegada de clérigos, sacerdotes ou não. É a eles que o Testamento se refere quando diz: “os clérigos rezavam o ofício”. Frei Leão, Frei Iluminato são desse grupo e são sacerdotes. Em 1211 entra Frei Silvestre, sacerdote! O número dos clérigos, todavia vai crescer bastante entre 1217 e 1220. Entre eles já há vários mestres aos quais quase espontaneamente a fraternidade vai confiando o serviço fraterno de ministros, sem excluir os irmãos leigos, levando-os a assumir os destinos da jovem fraternidade. Frei Caetano Esser faz este precioso comentário: “Os ministros se encontravam frente a homens da Idade Média e o homem medieval por si mesmo não pensa nem vive senão de forma cooperativa, em corporações. Essa mentalidade leva a entender que devia haver na Ordem uma estrutura social bem definida. Francisco sustentava ao contrário sua concepção pessoal, querendo o homem bem enraizado em si mesmo e na inspiração divina, como se pode deduzir em primeiro lugar da concepção franciscana de obediência nos primeiros tempos. Sob este aspecto Francisco estava claramente em vantagem em relação ao seu tempo... e mesmo fazendo algumas concessões soube manter e conservar solidamente o seu ponto de vista“ (Introduzione Alla Regola Franciscana, 26-27). Com a sua profunda convicção da importância da fraternidade, Francisco sinaliza para a individualidade e subjetividade típicas da modernidade. Leia mais:
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