Por Padre Geovane Saraiva*
No mundo utilitarista, marcado por vantagens, atitudes e comportamentos
acintosos, na busca dos primeiros lugares, em detrimento do bem maior,
em favor da humanidade, seja no Brasil, na América e em todo o Planeta,
recordamos neste dia 13 de novembro os oito anos da beatificação do Bem
aventurado Charles de Foucauld, a ensinar à criatura humana e,
especialmente aos seus seguidores, a misteriosa importância do caminho
da contemplação, da oração e do último lugar. Ele, que radicalmente se
colocou no último lugar, com sua vida em harmonia com o Evangelho,
reservada e discreta, não se esforçando para converter ninguém, mas
querendo fazer uma única coisa: “proclamar bem alto o Evangelho com a
própria vida”.
A vida do Bem aventurado Charles de Foucauld, com seu martírio, no dia 1º de dezembro de 1916, não foi um valor em si mesmo. Mas foi consequente, com muitos motivos, ao entrar numa profunda sintonia com Deus, na coragem do heroísmo profético, chamando nossa atenção para o conflito, porque mergulhar no Evangelho é mergulhar nos conflitos e nas tempestades (cf. Mt 14, 26-32).
Foi a partir da incredulidade, indiferença, egoísmo e impiedade, que caiu nas mãos de Deus. Foi arrebatado e seduzido por Jesus de Nazaré, tornando-se único e maior tesouro de sua vida. "Se alguém está em Cristo é uma nova criatura. Passaram-se as coisas antigas" (2Cr 5, 17). Charles de Foucauld nasceu na França e viveu entre 1858 a 1916. No dia 30 de outubro de 1886, submeteu-se a vontade de Deus. Em Paris, encontrando Padre Huvelin, vigário da Igreja de Santo Agostinho, numa conversa com ele confidenciou-lhe: “Padre, não tenho fé, peço-lhe que me instrua”. O padre cortou a conversa e lhe disse: “Ajoelhe-se e confesse seus pecados! Então, crerá!”.
Experimentou uma alegria inexprimível, a alegria do Filho pródigo. Foi beatificado em 2005 pelo Papa Bento XVI. Seu testemunho e sua mística encantaram e continua a encantar os seus seguidores no mundo inteiro, numa grande paixão e fascínio por Jesus de Nazaré, concretizado no amor e na solidariedade para com os que estão longe do convívio social, os pobres e excluídos, buscando na Eucaristia e no Evangelho da cruz, a força necessária para concretizar o projeto de amor do Pai.
Tendo por eixo a Eucaristia, amou as pessoas do mundo inteiro, indo habitar e levando a Eucaristia para os irmãos no Deserto do Saara, transformando-se no homem da ternura e da compaixão, com uma enorme vontade de ser amigo de todos, bons e maus, de amar a todos, indistintamente e ser de verdade o irmão universal. Toda sua vida foi um profundo ato de amor: “Tão logo que acreditei que existia um Deus, compreendi que não podia fazer outra coisa, senão viver só para ele”, dizia ele.
O grande mérito do Irmão Charles de Foucauld foi viver o Evangelho no meio dos conflitos e das tempestades, distanciando-se da "bondade", como era conhecida no seu tempo. Não se contentando e até se indignando com o anúncio do Evangelho que não satisfaz, não converte e não transforma. Procurou assemelhar-se a Jesus de Nazaré em tudo, sobretudo, na paixão e no calvário. Seu martírio foi consequência da sua opção pelo Evangelho e a justiça do Reino.
Charles de Foucauld traçou um caminho para os seus seguidores, propondo-lhes o caminho da cruz e do Evangelho. Portanto, ao ouvir algo do irmão querido, com sua vida e seus escritos, é impossível permanecer na indiferença. Ele nos conduz e nos arrasta ao seguimento de Jesus de Nazaré, seu “bem-amado no Senhor”.
Cristo precisa de nós, não como admiradores, cheios de sentimentos, mas como seguidores. Que a voz profética deste irmão muito querido não cale jamais e que as pessoas de boa-vontade se inspirem no Irmão Universal para descobrir o caminho da contemplação e da oração, o caminho de Deus, tão bem percorrido pelo querido irmão Carlos de Jesus, o irmão Carlos de Foucauld.
A vida do Bem aventurado Charles de Foucauld, com seu martírio, no dia 1º de dezembro de 1916, não foi um valor em si mesmo. Mas foi consequente, com muitos motivos, ao entrar numa profunda sintonia com Deus, na coragem do heroísmo profético, chamando nossa atenção para o conflito, porque mergulhar no Evangelho é mergulhar nos conflitos e nas tempestades (cf. Mt 14, 26-32).
Foi a partir da incredulidade, indiferença, egoísmo e impiedade, que caiu nas mãos de Deus. Foi arrebatado e seduzido por Jesus de Nazaré, tornando-se único e maior tesouro de sua vida. "Se alguém está em Cristo é uma nova criatura. Passaram-se as coisas antigas" (2Cr 5, 17). Charles de Foucauld nasceu na França e viveu entre 1858 a 1916. No dia 30 de outubro de 1886, submeteu-se a vontade de Deus. Em Paris, encontrando Padre Huvelin, vigário da Igreja de Santo Agostinho, numa conversa com ele confidenciou-lhe: “Padre, não tenho fé, peço-lhe que me instrua”. O padre cortou a conversa e lhe disse: “Ajoelhe-se e confesse seus pecados! Então, crerá!”.
Experimentou uma alegria inexprimível, a alegria do Filho pródigo. Foi beatificado em 2005 pelo Papa Bento XVI. Seu testemunho e sua mística encantaram e continua a encantar os seus seguidores no mundo inteiro, numa grande paixão e fascínio por Jesus de Nazaré, concretizado no amor e na solidariedade para com os que estão longe do convívio social, os pobres e excluídos, buscando na Eucaristia e no Evangelho da cruz, a força necessária para concretizar o projeto de amor do Pai.
Tendo por eixo a Eucaristia, amou as pessoas do mundo inteiro, indo habitar e levando a Eucaristia para os irmãos no Deserto do Saara, transformando-se no homem da ternura e da compaixão, com uma enorme vontade de ser amigo de todos, bons e maus, de amar a todos, indistintamente e ser de verdade o irmão universal. Toda sua vida foi um profundo ato de amor: “Tão logo que acreditei que existia um Deus, compreendi que não podia fazer outra coisa, senão viver só para ele”, dizia ele.
O grande mérito do Irmão Charles de Foucauld foi viver o Evangelho no meio dos conflitos e das tempestades, distanciando-se da "bondade", como era conhecida no seu tempo. Não se contentando e até se indignando com o anúncio do Evangelho que não satisfaz, não converte e não transforma. Procurou assemelhar-se a Jesus de Nazaré em tudo, sobretudo, na paixão e no calvário. Seu martírio foi consequência da sua opção pelo Evangelho e a justiça do Reino.
Charles de Foucauld traçou um caminho para os seus seguidores, propondo-lhes o caminho da cruz e do Evangelho. Portanto, ao ouvir algo do irmão querido, com sua vida e seus escritos, é impossível permanecer na indiferença. Ele nos conduz e nos arrasta ao seguimento de Jesus de Nazaré, seu “bem-amado no Senhor”.
Cristo precisa de nós, não como admiradores, cheios de sentimentos, mas como seguidores. Que a voz profética deste irmão muito querido não cale jamais e que as pessoas de boa-vontade se inspirem no Irmão Universal para descobrir o caminho da contemplação e da oração, o caminho de Deus, tão bem percorrido pelo querido irmão Carlos de Jesus, o irmão Carlos de Foucauld.
* Padre da Arquidiocese de Fortaleza,
escritor, membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, da
Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE) e
Vice-Presidente da Previdência Sacerdotal - Pároco de Santo Afonso. É
autor dos livros “O peregrino da Paz”, “Nascido Para as Coisas Maiores”,
“A Ternura de um Pastor”, “A Esperança Tem Nome”, "Dom Helder: sonhos e
utopias" e "25 Anos sobre Águas Sagradas.
Fonte: http://www.domtotal.com/noticias/691733
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