Em Michel Onfray - o que não é novidade para ninguém -, a base da
filosofia se cristaliza na desmistificação da religião e do ascetismo
enquanto modelos de ética, política, estética, erótica. Em todos os seus
trabalhos, desde o primeiro até o último, o ataque frontal a Deus,
sobretudo em seu aspecto monoteísta, sobressai e fundamenta seu pensar.
Esse ataque, notável por sinal em Tratado de Ateologia, dá vasão a um materialismo hedonista e libertário. Mas libertário em que sentido? De que modo ele se vincula ao erotismo?
Vejamos. Nossa cultura judaico-cristã se familiarizou com a idéia do amor enquanto carência, falta. Maldita herança de Platão. Homens e mulheres provêm de uma unidade mítica perdida e dissociada com o passar dos tempos e, sob esse prisma, surge o amor enquanto força capaz de uni-los novamente, restabelecendo a unidade. Homem e mulher se encontram num belo dia e se apaixonam. Dessa paixão surge o casamento, instituição sagrada porque querida por Deus. A unidade - codificada pelo casamento - se consolida na união sexual no seio do matrimônio que, por último, gera os filhos. Homem, mulher, filhos: família feliz, família concreta. E Deus viu que era bom! leia mais:
Vejamos. Nossa cultura judaico-cristã se familiarizou com a idéia do amor enquanto carência, falta. Maldita herança de Platão. Homens e mulheres provêm de uma unidade mítica perdida e dissociada com o passar dos tempos e, sob esse prisma, surge o amor enquanto força capaz de uni-los novamente, restabelecendo a unidade. Homem e mulher se encontram num belo dia e se apaixonam. Dessa paixão surge o casamento, instituição sagrada porque querida por Deus. A unidade - codificada pelo casamento - se consolida na união sexual no seio do matrimônio que, por último, gera os filhos. Homem, mulher, filhos: família feliz, família concreta. E Deus viu que era bom! leia mais:
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