25 de jan. de 2014

Iluminados Pela Luz de Cristo


                             Júlio Lázaro Torma*
                              " Eles deixaram imediatamente as redes"
                                                               ( Mt 4,20)
  Mateus nos prepara o coração para o " Discurso do Sermão da Montanha" ( Mt 5-7), que vamos meditar até o ínicio da Quaresma. Jesus após nascer em Belém, viver o exílio no Egito e depois retornar para a sua terra e viver na pequena Nazaré na Galileia.
   No tempo em que o Evangelho de Mateus, foi escrito havia uma rivalidade entre as comunidades de João Batista e as comunidades cristãs, para saber qual delas era a verdadeira, se era João Batista ou Jesus de Nazaré.
   Jesus incía o seu ministério na Galileia, uma região habitada por " Gentios", uma região que era rota comercial do Oriente médio e ao mesmo tempo habitado por camponeses, pessoas pobres.Na periferia longe dos poderes constituídos Jesus inicia a sua missão entre os pobres e no meio deles, ele escolhe os discípulos, pescadores profissionais.
    Os pescadores eram considerados impuros pela Religião Oficial, por tocarem em peixes que " tem barbatanas e escamas" ( Lv 11,9-12) e estes seguem Jesus e deixam as suas redes. Na Galileia entre pessoas simples, de que não se espera nada que a luz de Cristo ilumina.
   João é preso, o movimento profético e a lei está encerrada e fechada, já não tem sua liberdade passada; mas nós passamos da LEI ao EVANGELHO.
   Agora inicia o tempo de Jesus. A pregação de Jesus é radical como a de João e exige que as pessoas mudem de vida e de atitudes para acolher e reconhecer o Reino do Céu que está se aproximando. Se João Batista pregava no deserto, Jesus vai as cidades, como sintetiza todo o Evangelho, os versículos ( 23-25) e desenvolve a sua atividade, que é a palavra( ensinar, pregar) e ação ( curar).
Sua atividade é dirigida os mais pobres, necessitados e marginalizados.
   Como discípulos devemos evangelizar, sair de nós mesmos e fazer como o Mestre, não ficarmos encastelados ou no deserto. Mas ir a cidade as suas periferias. Muitas vezes as nossas cidades são verdadeiros desertos, desertos da própria existência humana. Quantas pessoas estão longe da luz que é Cristo?
   Olhemos para a cidade, onde reina cada vez  mais o individualismo, consumismo e a indiferença, que gera o vazio, onde não me importo com o outro e nem sei quem ele é e nem os seus sentimentos.
   Vamos a periferia, vamos sair do nosso comodismo, deixar o medo de lado, medo que temos daquele que é diferente de nós. Que temos dos pobres e dos caídos na beira das calçadas, dos que mais precisam de nós e que nós não vamos e deixamos apagar a LUZ de Cristo que nos ilumina.
   Esta Luz que recebemos no nosso Batismo, ela não deve ficar só em mim. Quantos cristão mesmo dentro da Igreja deixaram a luz apagar ou são velas apagadas?
  Vamos deixar a luz de Cristo nos iluminar e viver de fato o seu Evangelho como discípulos e deixar com que está luz nos impulsione a ir ao encontro do outro e ir a cidade, as periferias ser sinal do Reino dos Céus que está em nosso meio.
  Como nos fala Santo Agostinho de Hipona:
  " Temos de buscar a Deus com o desejo de encontrar e tendo encontrado, devemos ter o desejo de encontrar novamente".
     Boas Meditações
        Bom Final de Semana
       ( Sexta Feira 24/ 01, inicio da Novena em Louvor a Nossa Senhora dos Navegantes)
       Mt 4,12-23
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   * Membro do Colegiado Nacional da Pastoral Operária

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