30 de nov. de 2010

A BUSCA DE DEUS



Onde Deus esta? Onde podemos encontrar Deus? Onde podemos buscar o Absoluto, criador de tosas as coisas? Conta uma historia que em um determinado lugar havia um pequeno menino que queria se encontrar com Deus. Ele sabia que tinha um longo caminho pela frente, portanto ele encheu sua mochila com pasteis e guaraná, e começou sua caminhada. Quando ele andou umas 3 quadras, encontrou um velhinho sentando em um banco da praça olhando os pássaros. O menino sentou-se junto dele, abriu sua mochila, e ia tomar um gole de guaraná, quando olhou o velhinho e viu que ele estava com fome, então ofereceu-lhe um pastel. O velhinho muito agradecido aceitou e sorriu ao menino.
Seu sorriso era tão incrível que o menino quis ver de novo, então ele ofereceu-lhe seu guaraná. Mais uma vez o velhinho sorriu ao menino. O menino estava muito feliz! Ficaram sentados ali sorrindo, comendo pastel e bebendo guaraná pelo resto da tarde sem falarem um ao outro. Quando começou a escurecer o menino estava cansado e resolveu voltar para casa, mas antes de sair ele se voltou e deu um grande abraço no velhinho. O velhinho deu-lhe o maior sorriso que o menino já havia recebido. Quando o menino entrou em casa, sua mãe surpresa perguntou ao ver a felicidade estampada em sua face.
"O que você fez hoje que te deixou tão feliz?
Ele respondeu.
"Passei a tarde com Deus" e acrescentou "Você sabe, ele tem o mais lindo sorriso que eu jamais vi"
Enquanto isso, o velhinho chegou em casa radiante, e seu filho perguntou:
"Por onde você esteve que te deixou tão feliz?"
Ele respondeu:
"Comi pasteis e tomei guaraná no parque com Deus".
Antes que seu filho pudesse dizer algo ele falou:
"Você sabe que ele é bem mais jovem do que eu pensava?"
Nunca subestime a força de um sorriso, o poder de uma palavra, de um ouvido para ouvir, um honesto elogio, ou até um ato de carinho.
Tudo isso tem o potencial de fazer virar uma vida.
Por medo de diminuir deixamos de crescer.
Por medo de chorar deixamos de sorrir!!!
Portanto Sorria

16 de nov. de 2010

«Se amamos o Criador, devemos amar a Criação»

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Entrevista do Patriarca Ecumênico Bartolomeu I a Paulo Sotero, enviado especial de O ESTADO DE SÃO PAULO a Istambul - Turquia
Bartolomeu I, Patriarca Ecumênico de Constantinopla fala sobre lado espiritual da ecologia e reconhece dificuldades do diálogo de reconciliação com a Igreja Católica
  Por que seu interesse pela Amazônia?
Patriarca Bartolomeu: — Sabemos que há uma preocupação mundial com a Amazônia. Queremos conhecer e aprender. E queremos oferecer nossa perspectiva e contribuir para o diálogo que leve à solução dos problemas. O simpósio em si não trará nenhuma solução. Mas acreditamos que a participação de especialistas de diferentes disciplinas e países, bem como de formuladores de políticas, facilitará o entendimento, pois trará ao debate as dimensões científica e espiritual da ecologia.
O que o senhor espera alcançar com o simpósio?
Patriarca Bartolomeu: — Nosso objetivo não é resolver todos os problemas ecológicos, mas sensibilizar as pessoas, criar consciência ecológica. É obrigação sagrada da igreja proteger a criação, de acordo com a vontade do Criador. Essa é a razão, em última análise, pela qual o Patriarcado Ecumênico decidiu abraçar esse trabalho. Achamos que é nosso dever. Atuamos em colaboração com a Igreja Católica, que é a maior das denominações cristãs, o que aumenta a eficácia dos nossos esforços e seu impacto junto aos fiéis. Se dizemos que respeitamos e amamos o Criador, temos então que respeitar e amar sua criação.
O Brasil é o país que tem o maior número de católicos batizados. A reconciliação das Igrejas Católica e Ortodoxa acontecerá um dia?
Patriarca Bartolomeu: — Será um longo caminho. Temos um fosso criado por uma separação de nove séculos e meio. Iniciamos um diálogo há quase 50 anos, quando o papa Paulo VI e o patriarca Atenágoras tiveram um encontro histórico na cidade de Jerusalém, ao final do Concílio Vaticano II. Levantaram-se as excomunhões mútuas que as igrejas haviam decretado. O diálogo teológico começou depois da visita do papa João Paulo II ao Patriarcado, em 1979. No entanto, a comissão mista formada para estudar os pontos de diferenciação dos dois sistemas, com o objetivo de chegar a um consenso, entrou em crise depois de 20 anos de trabalho.
Por quê?
Patriarca Bartolomeu: — O problema gira em torno das igrejas ortodoxas do movimento uniata, que seguem Roma. Elas mantêm os paramentos e ritos litúrgicos das igrejas orientais mas estão unidas a Roma. Os ortodoxos acreditam que os chamados ritos orientais foram uma invenção de Roma para fazer proselitismo junto aos cristãos do leste. Os nossos irmãos católicos romanos dizem aos ortodoxos que não são teologicamente educados, que não há diferença substancial entre as igrejas, que a diferença está só nas roupas, e que se trata apenas de mencionar o nome do papa de Roma na liturgia, porque somos todos o mesmo povo.
E não é assim?
Patriarca Bartolomeu: — O entendimento ortodoxo é que esse não é um argumento honesto e sincero. Depois do colapso do comunismo, várias das igrejas uniatas que seguem Roma passaram a desfrutar de mais liberdade e assumiram atitudes agressivas em relação aos ortodoxos. Houve uma reação forte e o diálogo parou.
Em setembro passado convoquei os representantes de todas as igrejas ortodoxas e propus a retomada do diálogo, que foi aceita. Roma também concordou. Em setembro próximo haverá, em Belgrado, a primeira reunião plenária da comissão de 30 teólogos ortodoxos e 30 teólogos católicos. O tema será a estrutura da igreja.
Qual é a maior diferença?
Patriarca Bartolomeu: — É a posição hierárquica do bispo de Roma na estrutura geral da igreja cristã e isso nos leva ao principal obstáculo em nossas deliberações. Nós, ortodoxos, dizemos que o papa tem a primazia do amor e da honra. A Igreja Católica afirma que o papa tem também a primazia de jurisdição sobre toda a igreja cristã e pretende que isto seja um direito divino, enquanto que nós entendemos que se trata de um direito criado pelos homens.

10 de nov. de 2010

Amor de Beija Flor

Quando fugir da prisão
que envolve o teu coração,
procure um Beija Flor
e confesse o seu amor
e faça pro passarinho,
uma prece de saudade.
 
Pois quem sabe longe do ninho,
aches a felicidade,
mas se ele nem te ligar,
se continuar a voar,
não perca a esperança.

Continue a procurar,
pois quem sabe o passarinho,
fugiu para não chorar.
Fugiu para ter sossego,
pois ele também pode amar

Continue a procurar,
pois quem sabe o passarinho,
fugiu para não chorar.
 
Fugiu para ter sossego,
pois ele também pode amar. 

7 de nov. de 2010

A ESPIRITUALIDADE NA CONSTRUÇÃO DA PAZ.


Todos os fatores e práticas nos distintos setores da vida pessoal e social devem contribuir para a construção da paz tão ansiada nos dias atuais. Os esforços seriam incompletos se não incluíssemos a perspectiva da espiritualidade.
A espiritualidade é aquela dimensão em nós que responde pelas derradeiras questões que sempre acompanham nossas indagações: De onde viemos? Para onde vamos? Qual o sentido do universo? Que podemos esperar para além desta vida?
As religiões costumam responder a tais indagações. Mas elas não detêm o monopólio da espiritualidade. Esta é um dado antropológico de base como é a vontade, o poder e a libido. Ela emerge quando nos sentimos parte de um Todo maior. É mais que a razão, é um sentimento oceânico de que uma Energia amorosa origina e sustenta o universo e cada um de nós.
No processo evolutivo de onde viemos, irrompeu, um dia, a consciência humana. Há um momento nesta consciência em que ela se dá conta de que as coisas não estão jogadas aleatoriamente ou justapostas, ao léu, umas às outras. Ela intui que um “Fio Condutor” as perpassa, liga e re-liga.
As estrelas que nos fascinam nas noites quentes do verão tropical, a floresta amazônica na sua majestade e imensidão, os grandes rios como o Amazonas chamado como razão de rio-mar, a profusão de vida nas campinas, o vozerio sinfônico dos pássaros na mata, a multiplicidade das culturas e dos rostos humanos, a misteriosidade dos olhos de um recém-nascido, o milagre do amor entre duas pessoas apaixonadas, tudo isso nos revela quão diverso e uno é o nosso mundo universo.
A este “Fio Condutor” os seres humanos chamaram por mil nomes, de Tao, de Shiva, de Alá, de Javé, de Olorum e de outros mais. Tudo se resume na palavra Deus. Quando se pronuncia com reverência este nome algo se move dentro do cérebro e do coração. Neurólogos e neurolinguistas identificaram o “ponto Deus” no cérebro. É aquele ponto que faz subir a frequência hertz dos neurônios como se tivesse recebido um impulso. Isto significa que no processo evolutivo surgiu um órgão interior pelo qual o ser humano capta a presença de Deus dentro do universo. Evidentemente, Deus não está apenas neste ponto do cérebro, mas em toda a vida e no inteiro universo. Entretanto, é a partir daquele ponto que nos habilitamos a captá-lo. Mais ainda. Somos capazes de dialogar com Ele, de elevar-lhe nossas súplicas, de render-lhe homenagem e de agradecer-lhe pelo dom da existência. Outras vezes, nada dizemos, apenas O sentimos silenciosos e contemplativos. É então que nosso coração se dilata às dimensões do universo e nos sentimos grandes como Deus ou percebemos que Deus se faz pequeno como nós. Trata-se de uma experiência de não-dualidade, de imersão no mistério sem nome, da fusão da amada com o Amado.
Espiritualidade não é apenas saber, mas principalmente poder sentir tais dimensões do humano radical. O efeito é uma profunda e suave paz, paz que vem do Profundo.
Desta paz espiritual a humanidade precisa com urgência. Ela é a fonte secreta que alimenta a paz cotidiana em todas as suas formas. Ela irrompe de dentro, irradia em todas as direções, qualifica as relações e toca o coração íntimo das pessoas de boa-vontade. Essa paz é feita de reverência, de respeito, de tolerância, de compreensão benevolente das limitações dos outros e da acolhida do Mistério do mundo. Ela alimenta o amor, o cuidado, a vontade de acolher e de ser acolhido, de compreender e de ser compreendido, de perdoar e de ser perdoado.
Num mundo conturbado como o nosso, nada há de mais sensato e nobre do que ancorar nossa busca da paz nesta dimensão espiritual.
Então a paz poderá florescer na Mãe Terra, na imensa comunidade de vida, nas relações entre as culturas e os povos e aquietará o coração humano, cansado de tanto buscar.
Leonardo Boff

4 de nov. de 2010

Instituto Nacional de Pastoral realiza Seminário sobre Pastoral Urbana

O Instituto Nacional de Pastoral (INP), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), programou um Seminário Nacional sobre Pastoral Urbana, que acontecerá em Brasília, nos dias 10, 11 e 12 de novembro. Segundo o presidente do INP, padre Agenor Brighenti, o objetivo do Seminário é contribuir com a obra de evangelização da Igreja do Brasil no contexto urbano.

Durante os três dias, serão abordados temas como “Territórios e desterritorialidade”; “Subjetividade e autonomia”, “Midiatização e mediatização” e “Novas formas de sociabilidade e exclusão”. O Seminário é direcionado aos coordenadores de Pastoral de cem dioceses das cidades de maior população do Brasil e a metodologia de trabalho parte das reflexões feitas no seminário com o mesmo tema realizado em novembro do ano passado, na sede da CNBB em Brasília.

“O Seminário pretende oferecer subsídios para a atualização das Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2008 a 2010), a serem aprovadas na próxima Assembleia Geral da CNBB, a ocorrer em Aparecida (SP), de 4 a 13 de maio de 2011”, disse o secretário executivo do INP, padre Antônio Silva da Paixão
Veja aqui mais informações sobre o Seminário: http://www.cnbb.org.br/site/inp/5026-instituto-nacional-de-pastoral-realiza-seminario-sobre-pastoral-urbana