30 de ago. de 2011

O Futuro da Vida Religiosa.


Um dos maiores indicadores da profunda transformação que está a acontecer na experiência do religioso é a crise que atravessa a vida religiosa tradicional. O elevado número de homens e mulheres que abandonaram as congregações e ordens religiosas, e a crescente falta de vocações, anunciam que o modo atual de vida religiosa cumpriu a sua função e é provável que não tenha continuidade por muito tempo. Porque se chegou a esta situação?
A vida religiosa nasceu na segunda metade do século III e teve a sua primeira grande expansão no século IV. Os primeiros religiosos não quiseram fazer apostolado nem pretenderam transformar a Igreja ou modificar a sociedade. Não se preocupavam com o que deveriam fazer, mas com o que tinham de ser. Pretendiam afastar-se do sistema (econômico, político. legal, administrativo, social e até familiar) dominante do seu tempo para oferecerem um modelo alternativo de ser. E viver em liberdade.
Os motivos que originaram a crise atual estão presentes desde o início da vida religiosa: a pretensão de viver uma vida de anjos, mais perfeita do que a dos outros; uma imagem de Deus afastada do Deus que se revela no Evangelho; e, sobretudo, o puritanismo que desencadeia a mais cruel violência interior de que sofrem os seres humanos. Hoje vemos que a vida assim não pode integrar-se na nossa cultura: não tem poder para convocar nem contribui com o que mais necessita o mundo do século XXI
Autor(a): José M. Castillo
Catálogo: Educação
Assunto: Religião
Acabamento: Brochura
Idioma: Português (Portugal)
Edição:
Número de Páginas: 224
Editora: Paulus
Peso (em gramas): 366g
Ano: 2008
Dimensões (cm): 14.5 (larg) x 23 (alt)
Código de Barras: 9789723013184
ISBN: 9789723013184

Xingu: geopolítica e geoeconomia.

Roberto Malvezzi, Gogó
Agente Pastoral da Comissão Pastoral da Terra
Fonte: http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=59750
Existe uma caixa-preta, comandada por uma espécie de máfia secreta, que efetivamente decide os rumos do país. Ela age em nome do "Estado”, sem que saibamos sequer exatamente quem é.
Sabemos apenas que é um núcleo de decisores que aglutina os chefes do Executivo, a associação empresarial nacional-transnacional e militares. As corporações técnicas apenas servem como intelectuais e operadores orgânicos do grupo decisor.
Quando realizamos eleições, decidimos apenas quem vai compor parte do grupo, no caso, a presidência da República. De resto, nosso voto decide apenas questões periféricas, subalternas, que em nada altera a essência do rumo do país. Daí o papel ridículo ao qual foi relegada a classe política nacional.
Assim, o conjunto de infraestrutura a ser implantado no Brasil e na América Latina, sob o codinome de IIRSA (Iniciativa de Integração de infra-estrutura Regional Sul Americana), já está decidido. O PAC, já disseram isto antes de mim, é apenas o IIRSA brasileiro.
Quem decidiu a Transposição, que segundo um tenente do Exército nos afirmou em Petrolândia esses dias, só terminará em 2025? Isso mesmo, além dos eixos Leste e Oeste semi paralisados, haverá um para a Bahia, outro para o Piauí e o que sairá do Tocantins em direção ao São Francisco ou diretamente ao Pecém, no Ceará.
Quem decidiu Belo Monte, Jirau, Santo Antônio? Esse ente metafísico que se chama Estado. Ele está acima de todos, acima de qualquer suspeita, além das eleições, além da vontade do povo brasileiro. Ele sabe e decide o que é bom para o país.
Fala em nome da geopolítica –defender os interesses nacionais– e da geoeconomia, isto é, criar a infra-estrutura para escoar a produção latino-americana (brasileira), a riqueza natural, mas também para escoar os produtos dos Estados Unidos e Europa, agora China, para dentro do território latino-americano. Estradas, portos, aeroportos, ferrovias, etc., tudo em nome da integração, ainda que seja apenas a integração do capital. A energia para sustentar essa economia de rapina é astronômica.
O Brasil continua sem tecnologia, sem educação de nível, sem saneamento, mas quer ser a 5ª economia exportando produtos básicos. Basta olhar nossa pauta de exportação, cada vez mais dependente do agronegócio e mineradoras.
Como vemos, decidem por nós, comuns mortais, que temos que comer o pó da poeira, dizimar a natureza, varrer os índios e ainda agradecer por sermos dirigidos pelos deuses do Olimpo.

29 de ago. de 2011

Vida religiosa provisória: um desafio a ser enfrentado


A Vida Religiosa tradicional desenvol­vida até meados do século XX já perdeu sua razão de ser. O Espírito Santo inspira novas formas de Vida Consagrada que  chegaram para assumir o lugar de uma tradição decadente Na revista Convergência de dezembro de 2008 o padre João Mendonça,SDB escreve um artigo sobre a “Vida religiosa provisória: um desafio a ser enfrentado”. Muitas Perguntas surgem para os religiosos: Será este o fim da vida religiosa que conhecemos? O chamado de Deus não é algo exclusivo para estar com ele? A Vida Religiosa não se constitui a partir desse cha­mado? O Senhor que chama pode simplesmente mudar de ideia e deixar de chamar? O religioso pode até pensar que o fato de não sentir mais o encanto da Vida Religiosa perpétua é porque perdeu a vocação, mas pode-se perder algo que nunca encantou desde as entranhas? Seria o caso, então, de refazer a compreensão teológica do chamado?Transcrevo o texto que você poderá encontrar na revista CONVERGÊNCIA, Dezembro de 2008. leia mais:http://wwwkairoscotidianovidareligiosa.blogspot.com
Boa leitura

Sol da Justiça.


“Mas para vós outros que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas; saireis e saltareis como bezerros soltos da estrebaria.” (Malaquias 4:2 ARA)
Ouvi uma frase por estes dias que me chocou e me deixou bastante reflexivo (pra não usar o termo deprê). Disse assim “onde brilha o sol da justiça não há lugar para estrelas”. Não sei quem é o autor, mas sou grato pela inspiração de Deus a ele.
Confesso que tenho visto tanta estrela no nosso meio que às vezes parece que o sol esmoreceu ou ficou nublado sobre a terra. Isso é ruim, muito ruim. O sol é justiça e as estrelas são… Bom, são outra coisa. Toda vez que fazemos alguma coisa que busca nos fazer brilhar, é estrelismo. Precisamos apenas refletir a luz e o brilho do sol da justiça. Menos do que isso é escuridão e mais do que isso é estrelismo.
Tentamos ser estrela toda vez que fazemos questão que nosso nome ou imagem apareçam. Avalie o seguinte: você faria o que faz na igreja sem o cargo? Seria talvez um pastor, missionário ou apóstolo sem o título? É algo para se pensar, pois já vi pessoas declinando de suas tarefas por que perderam o cargo. Eu tenho servido na igreja local sem nenhum “reconhecimento” há alguns anos – não tenho sustento, não ocupo nenhum cargo, nem prego no culto. Mas sirvo e faço com alegria para ressaltar o brilho do sol da justiça. Faço coisas que sei que são importantes para a congregação, mesmo que a maioria nem saiba que sou eu que estou por trás. Não é uma questão de estilo, mas de posicionamento.
Deixar brilhar o sol da justiça é ter menor EU nas frases. É falar mais do que Ele faz. É não dar importância se o executor será reconhecido, desde que Ele seja glorificado. É apontar todos crédito para Aquele que merece. Eu posso fazer mais nesse sentido. Se você tambem pode, junte-se a mim e vamos nos esforçar para que brilhe o sol – e somente Ele.
“Senhor, tentar repartir a Tua glória é algo inaceitável e que com certeza só vai nos levar ao distanciamento de Ti. Ensina-me a ser mais focado em Ti e menos em mim.”
Mário Fernandez

28 de ago. de 2011

UMA ORDEM DE IRMÃOS

Nas origens da fraternidade
   Frei Odair Verussa frade capuchinho, da Provincia de São Paulo faz um reflexão a respeito da "Sacerdotalização" da Ordem franciscana. Termo usado por Landini, Manselli, Rusconi, Grado Giovanni Merlo e outros historiadores franciscanos vêem usando em lugar de clericalização porque parece indicar melhor a progressiva introdução dos frades menores no organismo eclesiástico e na ação pastoral. Além disso, evita a falsa alternativa entre o caráter “laical” ou “clerical” da primitiva fraternidade e da sua evolução em Ordem. A alternativa verdadeira está, para Luigi Pellegrini, entre a “absoluta precariedade e instabilidade das origens e o sucessivo processo de estabilização e normalização institucional”.
       Portanto a sacerdotalização da fraternidade de Frei Francisco começa cedo. Os primeiros que foram com ele pedir a aprovação da Igreja em 1209 certamente eram leigos, mas a mesma aprovação desperta o interesse e a chegada de clérigos, sacerdotes ou não. É a eles que o Testamento se refere quando diz: “os clérigos rezavam o ofício”. Frei Leão, Frei Iluminato são desse grupo e são sacerdotes. Em 1211 entra Frei Silvestre, sacerdote! O número dos clérigos, todavia vai crescer bastante entre 1217 e 1220. Entre eles já há vários mestres aos quais quase espontaneamente a fraternidade vai confiando o serviço fraterno de ministros, sem excluir os irmãos leigos, levando-os a assumir os destinos da jovem fraternidade. Frei Caetano Esser faz este precioso comentário: “Os ministros se encontravam frente a homens da Idade Média e o homem medieval por si mesmo não pensa nem vive senão de forma cooperativa, em corporações. Essa mentalidade leva a entender que devia haver na Ordem uma estrutura social bem definida. Francisco sustentava ao contrário sua concepção pessoal, querendo o homem bem enraizado em si mesmo e na inspiração divina, como se pode deduzir em primeiro lugar da concepção franciscana de obediência nos primeiros tempos. Sob este aspecto Francisco estava claramente em vantagem em relação ao seu tempo... e mesmo fazendo algumas concessões soube manter e conservar solidamente o seu ponto de vista“ (Introduzione Alla Regola Franciscana, 26-27). Com a sua profunda convicção da importância da fraternidade, Francisco sinaliza para a individualidade e subjetividade típicas da modernidade. Leia mais:

O Significado do Tau Franciscano

Há certos sinais que revelam uma escolha de vida. O TAU, um dos mais famosos símbolos franciscanos, hoje está presente no peito das pessoas num cordão, num broche, enfeitando paredes numa escultura expressiva de madeira, num pôster ou pintura. Tau - Símbolos e significados

Ele é um símbolo antigo, que recorda tempo e eternidade. A grande busca do humano querendo tocar sempre o divino e este vindo expressar-se na condição humana. Horizontalidade e verticalidade. As duas linhas: Céu e Terra! Temos o símbolo do TAU riscado nas cavernas do humano primitivo. Nos objetos do Faraó Achenaton no antigo Egito e na arte da civilização Maia. Francisco de Assis o atualizou e imortalizou. Não criou o TAU, mas o herdou como um símbolo seu de busca do Divino e Salvação Universal. 
 

24 de ago. de 2011

Hábito Franciscano

Por Frei Tomás Gálvez, OFMConv. (in memoriam)
Revista San Francesco – giugno 2004, p. 40-43.
Trad. Frei Marcelo Veronez, OFMConv.
A primeira coisa que chama a atenção de quem se aproxima dos franciscanos é o hábito.
Porque suscita curiosidade e perplexidade, dado que a forma e a cor variam segundo as diversas famílias franciscanas, seja masculina ou feminina. Por isso, uma das perguntas mais freqüentes dos peregrinos e turistas que vão à Basílica de São Francisco, onde é fácil confrontar-se, é esta: porquê negro ou cinza? Mas o hábito franciscano não é castanho?
Neste artigo daremos uma resposta ao argumento do ponto de vista da forma e da cor, sem mencionar o significado teológico-espiritual do hábito franciscano, que merece ser estudado à parte.

23 de ago. de 2011

Precisamos de profetas

Marcelo Barros monge beneditino e escritor em seu artigo na pagina da Adital faz uma reflexão sobre os profetas e nos alerta que o mundo atual necessita de profetas e profetizas
Quem passa por um edifício em construção, pode ver placas dizendo: "Precisamos de pedreiros”. Lojas de comércio alternam: "Precisamos de vendedores”. Infelizmente não podemos colocar nas portas das Igrejas: "Precisamos de profetas e profetizas”. Entretanto, é bom espalhar por aí que isso é uma necessidade urgente e que se apresentem os/as candidatos/as. Não estranhem o fato de que, diferentemente de outros ofícios, a missão de profeta quase nunca é bem aceita e reconhecida. Muitas vezes, gera até incompreensões e rejeições injustas. No tempo em que viveu no sertão do Nordeste, o padre Alfredo Kunz dizia: "Aqui, os urubus é que fazem o serviço de limpeza pública, já que as prefeituras não assumem. Todo mundo sabe disso. Entretanto, eu já vi gente criando todo tipo de pássaros, mas nunca vi ninguém criar urubu. Os urubus são necessários, mas ninguém os quer perto. Urubus me lembram os profetas de Deus, necessários, mas frequentemente rejeitados”.
Não é difícil celebrar a memória de profetas mortos. O evangelho denuncia que os fariseus e mestres da lei matam os profetas e depois erguem para eles belos túmulos, contanto que continuem mortos (Mt 23). Atualmente, em certos ambientes eclesiásticos, quando alguém fala em profetas como Mons. Oscar Romero, arcebispo de El Salvador, assassinado por militares da ditadura salvadorenha e, aqui no Brasil, Dom Hélder Câmara, ex-arcebispo de Olinda e Recife, há quem os elogie, mas conclua com certo cinismo: "o tempo deles era outro. Hoje não pode mais ser assim”. E assim, estes religiosos dos tempos novos se recolhem em seu mundinho de paramentos, ritos paroquiais e segredos de cúria.
Para quem a espiritualidade significa caminho de amor e solidariedade universal, o mês de agosto recorda a memória de vários mártires da justiça do reino divino. No dia 10 de agosto de 1974, frei Tito Alencar, terrivelmente torturado em seu corpo e sua alma, procurava a paz na morte. No 12 de agosto de 1983, na Paraíba, era assassinada Margarida Alves, presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande. Além de vários homens e mulheres que deram a vida pela causa do reino, em agosto, partiram deste mundo três bispos católicos que marcaram muito a caminhada da Igreja no Brasil como profetas da paz e da justiça: Dom Antônio Fragoso, bispo emérito de Crateús, no Ceará e um dos primeiros bispos ligados à Teologia da Libertação; Dom Luciano Mendes de Almeida, arcebispo de Mariana, MG, e ex-presidente da CNBB que, em 2006, partiu no dia 27 de agosto, mesma data em que, sete anos antes, no Recife, nos tinha deixado Dom Hélder Câmara.
A missão de uma pessoa religiosa é ser testemunha da presença divina no mundo e atuar para que a sociedade se transforme de acordo com o projeto divino de paz e justiça para todos. Por isso, é bom recordarmos a profecia de pastores como Hélder Câmara, Antônio Fragoso e Luciano Mendes de Almeida. Todos os três, cada qual em sua área de atuação e do seu modo, conduziram a Igreja do Brasil pelo caminho da profecia.
Na memória destes três profetas da Igreja, nos damos conta da herança profética que recebemos e, junto com cristãos, pessoas de outras confissões e todos os homens e mulheres que acreditam no amor e na justiça, renovamos nosso compromisso de serviço aos irmãos e luta pacífica para transformarmos este mundo.
Em 1994, Dom Helder mandava esta mensagem ao movimento italiano Mani Tesi (Mãos Estendidas): "Não estamos sós. Por isso, não aceito nunca a resignação nem o desespero. Um dia, a fome será vencida e haverá paz para todos. A última palavra neste mundo não pode ser a morte, mas a vida! Nunca pode ser o ódio, mas o amor! Precisamos fazer com que não haja mais desespero e sim esperança. Nunca mais vençam as mãos enrijecidas contra o outro e sim o que o movimento de vocês valoriza: Mãos estendidas! Unidas na solidariedade e no amor para com todos”.
[Autor de 40 livros, dos quais o mais recente é "Para onde vai Nuestra América” (Espiritualidade socialista para o século XXI). São Paulo, Ed. Nhanduti, 2011. Email: irmarcelobarros@uol.com.br].

Edição Pax et Bonum " Celebrar a Vida" é lançado durante Capítulo.

Edição Pax et Bonum " Celebrar a Vida" é lançado durante Capítulo

Um trabalho de mais de três anos da reconstituição da história dos antecedentes dos Capuchinhos gaúchos e do trabalho de 115 anos da exitência da província
Um trabalho de mais de três anos da reconstituição da história dos antecedentes dos Capuchinhos. O secretário provincial Frei Moacir Molon, o organizador do Livro, teve a colaboração de Frei Hilário Frighetto e Elizabhet Davoglio.
A obra que é composta de informações comemorativas e históricas da província bem como datas de aniversários dos frades.
Segundo Molon que além de fazer o levantamento fotográfico e a pesquisa histórica e atualização de dados. Disse que "é um trabalho de reconstituição histórica dos capuchinhos nestes 115 anos de presença no estado. Não é pouca coisa, este trabalho é fruto da presenças e ação dos nossos antecessores" justificou.
Moacir Molon além de organizar Celebrar a Vida é o editor chefe da revista “Pax et Bonum, (Paz e Bem), a edição especial, atinge o numero de 204 edições nos 59 anos de existência.

22º Capitulo Provincial em Garibaldi.

Os freis ficam reclusos no 22º Capitulo Provincial em Garibaldi
Na manhã gelada de 22 de agosto, mais de oitenta freis capuchinhos iniciaram o 22° capitulo provincial frei Frei José Gislon , representando o Ministro Geral , deu inicio oficialmente o 22º Capitulo com celebração litúrgica na igreja do convento São Francisco de Assis, de Garibaldi. A cidade foi local que deu origem a província gaúcha.
Frei José Gislon chamou para a participação e o olhar voltado par a construção de um projeto fraterno de província.
Logo após a celebração de abertura na sala capitular foi lido os estatuto e regimento interno do capitulo, em seguida houve votação e distribuição de equipes de trabalhos, serviços, e moderadores.
Frei Alvaro Morés destacou que a vida da província foi muito maior que os 17 projetos realizados. E agradeceu a colaboração dos frades que levaram a diante os projetos propostos em 2008.

Os definidores Nilmar Gatto, José Lagni, Evaldo Freitas, Cleonir Dalbosco apresentaram os projetos em cada área de atuação respctivamente.
Na tarde da terça-feira 22 os Vice-provinciais de Santo Domingo e Haiti, e Matogrosso e Rondônia apresentaram as atividades. Frei Sérgio Defendi relatou as atividades da Missão no Haiti.
Frei José Gislon apresenta a conjuntura da Ordem no mundo, em especial as regiões de missões na Àsia, India, e regiões da extinta Russia.
Destacou o projetos de presença na ordem em Jerusalém.

18 de ago. de 2011

Quase 100 estudantes foram assassinados nos últimos sete meses.

Conhecer a situação de um povo é a condição previa para evangelizáção. Em El Salvador "a Polícia Nacional Civil (PNC) divulgou um relatório na última terça-feira (16), no qual aponta os números de mortes de jovens e estudantes em diversas partes do país. Segundo as estatísticas policiais, entre janeiro e julho de 2011 foram registrados 97 crimes de estudantes. Somente em julho, foram 22 alunos assassinados. Não podemos evangelizar sem denunciar, não podemos anunciar o A Boa Nova  sem gritar pelo direito à Vida. É necessario comprometer os diferetes seguimentos da Igreja em ações que visem garatir os direitos de todos os Seres Humanos. Se faz necessario que: os bispos, padres, e religiosos converta-se. Transcrevo na integra a reportagem de Camila Maciel. Jornalista da Adital.

A Polícia Nacional Civil (PNC) de El Salvador divulgou um relatório na última terça-feira (16), no qual aponta os números de mortes de jovens e estudantes em diversas partes do país. Segundo as estatísticas policiais, entre janeiro e julho de 2011 foram registrados 97 crimes de estudantes. Somente em julho, foram 22 alunos assassinados.
Para a PNC, as execuções não têm origem na condição de ser estudante, mas sim no vínculo dos alunos com as quadrilhas. Algumas possibilidades de motivação, de acordo com investigações da Polícia, seriam as desavenças dos jovens com algum membro das quadrilhas. Em outros casos, o próprio jovem seria membro de gangues.
Em outra recente investigação policial, observou-se que uma média de três estudantes de diferentes centros educativos foram detidos por delitos no primeiro semestre deste ano. As cifras assinalam 454 estudantes vinculados a atos ilícitos, como homicídios, que registrou 26 casos; 59 delitos de posse de drogas e 49 jovens detidos por extorsão.
A polícia investiga a escola como um espaço propício ao recrutamento de jovens. De acordo com o Ministério de Educação (Mined), foram identificadas escolas infiltradas por quadrilhas. Por orientação do Mined, entretanto, as mortes de jovens inscritos no sistema educativo serão tratadas como problema social e não da escola em si.
Violência em geral
O relatório da Polícia Nacional Civil (PNC) de El Salvador destacou também um aumento nos casos de homicídio geral de janeiro a julho, em comparação ao mesmo período do ano passado. No total, foram 2 mil 654 casos de homicídios. De acordo com o governo, a maior parte da violência é verificada nos territórios dominados por quadrilhas ou gangues dirigidas ao narcotráfico. A luta pelo controle desses territórios levaria ao aumento dos casos de violência no país.
Segundo estatísticas da Unidade de Análises e Tratamento da Informação (UCATI) da PNC, as quadrilhas são responsáveis por 53% das mortes nesse período. El Salvador ocupa o posto de um dos países mais violentos do mundo. Dados de 2010 demonstram uma taxa de 71 de homicídios a cada 100 mil habitantes, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) já considera uma taxa de 10 como epidemia.
O relatório destaca os municípios de San Salvador, Santa Ana, Sonsonate, Ciudad Delgado, Izalco, Apopa, Armenia, San Miguel, Usulután, Colón e Tonacatepeque como os mais violentos no período considerado.
Com informações da imprensa local.

15 de ago. de 2011

O Franciscanismo no terceiro milénio.

A perspectiva do futuro faz parte de qualquer instituição. As instituições outra coisa não são senão a projecção da própria pessoa. Pessoa que, como ser em crescimento, em devenir, peregrino do ser, implica sempre o seu ainda não. É o tal sentido orientativo e de projecção indispensável em todo o ser humano, marcado pela peregrinação: donde venho, onde estou e para onde vou. No Franciscanismo isso é ainda mais assim tendo em conta a dinâmica que lhe deu origem, o projecto do seu Fundador
ler mais: http://kairoscotidianofranciscanisno.blogspot.com/

Deus mora lá na nossa rua.

Quando dona Cora Coralina, a nossa grande poetisa da vida cotidiana, sugeriu ao presidente da República, que instituísse "O Dia nacional do Vizinho”, em nenhum lugar, havia ainda esta iniciativa. Atualmente, existe o "Dia europeu da Vizinhança”, celebrado no final de maio. A Argentina festeja o seu "Dia de los vecinos” no 11 de junho. O Brasil consagra como Dia dos Vizinhos o 20 de agosto, data do aniversário natalício da inesquecível dona Cora. Esta valorização da vizinhança se torna mais importante, em cidades maiores, nas quais edifícios substituem casas. Ali, embora, frequentemente, as pessoas se encontrem no mesmo elevador, muitas vezes, não se conhecem. Não é o mero fato de morar no apartamento ou na casa ao lado, que torna alguém vizinho. A pessoa pode viver durante anos em um lugar, se queixando da agitação, do calor, da poeira ou da insegurança. Outros têm plena consciência destes problemas e lutam para vencê-los, mas, assim mesmo, casam com a rua ou praça onde moram. Quando pessoas da mesma rua ou do mesmo condomínio pressentem em outras, esta relação vital com o lugar em que moram, aí se fortalece uma proximidade de convivência que é a vizinhança. Para ser bem vivida, esta precisa de uma educação para o diálogo e a convivência entre diferentes. Cora Coralina dizia: "Vizinho é mais do que parente, porque é o primeiro a saber das coisas que acontecem na vida da gente”.
Em tempos anteriores à televisão e aos shoppings, nas cidades do interior, ou em bairros residenciais, toda noite, as pessoas costumavam sentar à porta de casa, para conversar e conviver. Normalmente, a roda de conversa acabava se abrindo também aos vizinhos e vizinhas. Assim, se formavam verdadeiras rodas de discussão, com assuntos como educação de filhos, relacionamentos conjugais e futebol. Hoje, a televisão e a cultura do shopping substituíram estes ritos de convivência, mas não resolvem o problema da solidão dos mais velhos e da futilidade de quem olha o mundo apenas pela janela do consumo descartável.
Há mais de 50 anos, o educador Paulo Freire propôs um método de alfabetização e educação de adultos que partia da vizinhança. Formava círculos de diálogo e cultura entre vizinhos. Ali, as pessoas aprendiam a expressar sua posição sobre a vida e os problemas que enfrentavam. Mesmo perseguido pela ditadura militar, este método de conscientização se espalhou pelo Brasil, por outros países da América Latina e até em Angola e Cabo Verde, na África. Na mesma linha, na segunda metade dos anos 60, em várias regiões do Brasil, homens e mulheres de fé cristã, começaram a se reunir como vizinhos, para orar, ouvir juntos um texto bíblico, conversar sobre problemas da vida e fortalecer a solidariedade mútua. Foi o começo das comunidades eclesiais de base. Mais tarde, várias Igrejas evangélicas organizaram grupos semelhantes, como "Igreja em células” e "Igreja em quadros”, comunidades de convivência e proximidade, instrumentos de comunhão entre as pessoas.
Há mil razões para se valorizar a prática da vizinhança. Quem crê em Deus como Luz e fonte de vida, o contempla, não como alguém exterior a nós e que de fora intervém neste mundo, mas como presença íntima e profunda, no coração de toda pessoa humana, especialmente de quem se abre ao amor, independentemente de sua pertença religiosa. Um teólogo evangélico dizia: "Deus está em mim para você e em você para mim. Eu o encontro em você e, se quiser, você pode encontrá-lo em mim”. Por isso, podemos olhar nossos vizinhos e vizinhas, como sinais da presença divina. Eles são humanos e têm seus defeitos e limitações, mas se os olharmos assim, pouco a pouco, se transformarão, principalmente se perceberem que, de fato, cremos: através deles e no mais íntimo de cada um/uma, Deus mora lá na nossa rua.