30 de ago. de 2011

O Futuro da Vida Religiosa.


Um dos maiores indicadores da profunda transformação que está a acontecer na experiência do religioso é a crise que atravessa a vida religiosa tradicional. O elevado número de homens e mulheres que abandonaram as congregações e ordens religiosas, e a crescente falta de vocações, anunciam que o modo atual de vida religiosa cumpriu a sua função e é provável que não tenha continuidade por muito tempo. Porque se chegou a esta situação?
A vida religiosa nasceu na segunda metade do século III e teve a sua primeira grande expansão no século IV. Os primeiros religiosos não quiseram fazer apostolado nem pretenderam transformar a Igreja ou modificar a sociedade. Não se preocupavam com o que deveriam fazer, mas com o que tinham de ser. Pretendiam afastar-se do sistema (econômico, político. legal, administrativo, social e até familiar) dominante do seu tempo para oferecerem um modelo alternativo de ser. E viver em liberdade.
Os motivos que originaram a crise atual estão presentes desde o início da vida religiosa: a pretensão de viver uma vida de anjos, mais perfeita do que a dos outros; uma imagem de Deus afastada do Deus que se revela no Evangelho; e, sobretudo, o puritanismo que desencadeia a mais cruel violência interior de que sofrem os seres humanos. Hoje vemos que a vida assim não pode integrar-se na nossa cultura: não tem poder para convocar nem contribui com o que mais necessita o mundo do século XXI
Autor(a): José M. Castillo
Catálogo: Educação
Assunto: Religião
Acabamento: Brochura
Idioma: Português (Portugal)
Edição:
Número de Páginas: 224
Editora: Paulus
Peso (em gramas): 366g
Ano: 2008
Dimensões (cm): 14.5 (larg) x 23 (alt)
Código de Barras: 9789723013184
ISBN: 9789723013184

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