28 de abr. de 2012

Desenvolvimento Sustentável Ecossistemas



Minc conversa com Dilma e diz que presidenta pretende vetar itens do Código Florestal

  Autor: Isabela Vieira   -   Fonte: Agência Brasilem 27-4-2012


O secretário do Ambiente do estado do Rio de Janeiro, Carlos Minc, conversou rapidamente, nesta quinta-feira (26), com a presidenta Dilma Rousseff, em um evento no Rio de Janeiro. Segundo relatou, a presidenta sinalizou a intenção de vetar trechos do Código Florestal, aprovado na quarta-feira (25) pela Câmara dos Deputados. A proposta foi aprovada por 274 votos, contra 184  e duas abstenções.

De acordo com Minc, Dilma disse que "não decepcionaria [o eleitor dela] e manteria todos os compromissos” assumidos em campanha. A expectativa do secretário é que a presidenta vete parcialmente o texto aprovado. “Quando sugeri uma medida provisória que recompusesse de outra forma aqueles dispositivos que viessem a ser vetados, ela deu um riso bem significativo e disse: 'vocês podem contar, não vamos romper nossos compromissos e não vamos desguarnecer o meio ambiente'. Entendi que ela vai realmente vetar alguns dispositivos”, declarou o secretário.

Na avaliação de Minc, se a presidenta não tomar alguma medida em relação ao texto aprovado com apoio da bancada ruralista, seria como aceitar “a derrota no Congresso”. Ex-ministro do Meio Ambiente, Minc preparou um estudo sobre 30 artigos do texto-base do Código Florestal aprovado ontem “que podem ser melhorados por medida provisória”. Ele ofereceu o estudo à presidenta, como subsídio ao debate.

Um dos principais pontos que precisam de revisão no documento, segundo o secretário, é a liberação dos produtores de reflorestar margens dos rios cujo desmatamento já esteja consolidado. “Isso sinaliza uma desobrigação total do desmatador de recompor área desmatadas, dando ideia de que o crime compensa. Aquele que fez tudo direito fica com cara de que, no final das contas, não valia à pena cumprir a lei”.

25 de abr. de 2012

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

A busca da unidade ao longo de todo o ano
Promovido mundialmente pelo Conselho Pontífice para Unidade dos Cristãos (CPUC) e pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI), a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (SOUC) acontece em períodos diferentes nos dois hemisférios.
No hemisfério sul, em que janeiro é tempo de férias, as Igrejas geralmente celebram a Semana de Oração no período de Pentecostes (como foi sugerido pelo movimento Fé e Ordem em 1926), que também é um momento simbólico para a unidade da Igreja. No Brasil, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC) lidera e coordena as iniciativas que, neste ano, acontecem de 20 a 27 de maio, sob o tema de 1 Coríntios 15:51-58: “Todos seremos transformados pela vitória de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Já no hemisfério norte, o período tradicional para a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (SOUC) é de 18 a 25 de janeiro. Essas datas foram propostas em 1908 por Paul Watson porque cobriam o tempo entre as festas de São Pedro e São Paulo e tinham, portanto, um significado simbólico.

23 de abr. de 2012

Indústrias do petróleo e da guerra tomam o Ártico aproveitando o aquecimento global

Países europeus e americanos com territórios na zona Ártica estão a multiplicar exercícios militares conjuntos, antecipando as alterações climáticas e preparando a proteção das rotas navais que serão abertas até 2030 e rentabilizarão a exploração de petróleo e gás natural já em curso.
Indústrias do petróleo e da guerra tomam o Árctico aproveitando o aquecimento global
Segundo os dados da US Geological Survey, cerca de 13 por cento das reservas de petróleo e 30 por cento das reservas de gás natural ainda desconhecidas no mundo estarão na zona Ártica, até agora difícieis de pesquisar e explorar devido às condições naturais.
O aquecimento global abre uma "janela de oportunidade", segundo militares e técnicos da indústria petrolífera norte-americana citados pelas agências internacionais, porque vai tornar mais benignas as condições de investigação e trabalho e permitirá abrir rotas regulares à navegação.
A Noruega acolheu em Março os exercícios militares "Resposta Fria" que envolveram mais de 16 mil operacionais de 14 países e respectivo equipamento terrestre, naval e aéreo numa acção de "elevada intensidade". Tratou-se, segundo os organizadores, de fazer face a "ameaças terroristas".
Dois meses antes a Dinamarca, os Estados Unidos e o Canadá tinham feito exercícios conjuntos e debatido com altos comandos dos países de toda a zona Ártica, incluindo a Rússia, as questões de segurança na região. A reunião decorreu numa base militar canadiana.
A abertura de rotas do petróleo, agora em direcção ao Norte profundo, beneficiando das novas condições de acesso proporcionadas pelo degelo contínuo decorrente do aquecimento global ajuda a explicar, segundo analistas citados pelas agências internacionais, muita da falta de empenho das grandes potências no combate às alterações climáticas e os sucessivos fracassos das cimeiras da ONU. Para a indústria petrolífera e a indústria militar que a sustenta, o aquecimento global é uma questão irreversível. E as actividades industriais e militares em zonas sensíveis aceleram-no.
Artigo originalmente publicado originalmente no site do grupo parlamentar europeu.

20 de abr. de 2012

A figura de Nosso Senhor Jesus Cristo

A figura de «Nosso Senhor Jesus Cristo» é a chave para compreender todo o percurso de S. Francisco, bem como de todos os santos. O santo de Assis não teria sido o que foi, não teria feito o que fez, se Cristo não estivesse presente, operante, como amigo e companheiro.
leia mais:


Você é só frei ?
Ser só frei basta! Muitas pessoas leigas me questionam, sobre o ser frei não clérigo. Fazendo perguntas como: o que é ser frei? Qual a serventia do frei, não padre, na Igreja? Qual a diferença entre o frei e o padre? E porque não ser padre de uma vez? Leia mais:

Testemunhas


Júlio Lázaro Torma*
"E vocês são testemunhas disso"

O Evangelho deste Final de semana,do III Domingo da Páscoa,que vai ser lido em nossas comunidades cristãs,nos fala da Aparição de Jesus aos Onze discípulos ( Lc 24,35-48).
Estamos no Calendário Litúrgico no Ano B,onde os Evangelhos se revisam em João e Lucas ou Lucas e João,neste período Pascal.
Para a comunidade de Lucas e para o evangelista Lucas o Domingo da Páscoa," No primeiro dia da semana" ( Lc 24,1), é o dia mais longo do ano ou da história da humanidade,do planeta que perpassa o tempo cronológico.
Vemos que algumas mulheres, foram ao sepulcro e encontram o aberto e vazio e dois anjos( Lc 24,1-12);depois dois discípulos,que caminham para a aldeia de Emaús( Lc 24,13-34),ou seja 12 Km de Jerusalém,fazem o percurso em duas horas, chegam em casa e convidam, " Fica conosco,pois já é tarde e a noite vem chegando"( Lc 24,29).
  Ao reconhece-lo,retornam á capital, mais duas horas a pé.Ou será que os discípulos de Emaús mentiram?
  Depois aparece aos onze discípulos e os convida a ir a Betânia,onde sobe aos céus ou a ascensão e depois retornam para Jerusalém e vão louvar a Deus no Templo.Ou a ascensão,ocorre durante a noite?
Pois para Lucas a Ascensão,ocorre no Domingo de Páscoa,que é o " Grande Dia".Na Bíblia a noite, não se consegue andar é o local das trevas não há Luz.Todos os movimentos não forem a noite como Jesus poderia  ter ascendido aos céus?
Lucas quer fazer entender, através desta narrativa é " Páscoa é uma aventura, um novo dia para a Igreja, que é sinal da presença do Ressuscitado, através de seus seguidores, os cristãos e cristãs de todos os tempos.
 Essa nova aventura não termina, continua na Igreja de hoje.Este é um novo dia que ainda esta... Nós " Ainda estamos no Domingo da Páscoa"" ( Pe. Raymond Gravel).
  Jesus após a paixão,ressurreição,aparece aos onze que estão com medo e em silêncio,deseja a " Paz esteja convosco".Ele se mostra na partilha do pão aos discípulos de Emaús, agora com o grupo mais intimo que vivenciaram e conviveram com ele no dia a dia,ele come um pedaço de peixe.O medo impede o anúncio e o testemunho.Jesus liberta do medo,mostrando que o amor doado até a morte é sinal de vitória e alegria.Depois, convoca seus seguidores para a missão no meio do mundo,mostra a eles o objetivo da missão: continuar a missão dele e apartir e entre os mais pobres,excluidos e oprimidos. 
Eis que temos medo,como os onze de testemunhar e viver o Evangelho de Jesus pois isso causa conflitos,assim como os discípulos pensavam," se mataram ele, o que não acontecerá conosco,que somos seus seguidores?".
  Muitas vezes duvidamos da presença real de Jesus em nosso meio,aos conflitos e tristezas,neste meio devemos fazer sentir a sua presença amorosa, mas pecamos contra o Ressuscitado, pois acabamos sendo medrosos,incrédulos e pessimistas.Pois para nós ele não esta presente e se afastou de nós.Ai não somos uma IGREJA TESTEMUNHA.
  Olhamos o Ressuscitado, como um fantasma, fruto da nossa fantasia,imaginação,alucinação.Mas devemos fazer um experiência com Cristo, recorrer sempre aos relatos dos Evangelhos,sentir as mãos que tocavam os doentes,acariciavam as crianças e que partilhava o pão,peixes e o vinho, os pés que percorreram os caminhos,desertos,campos,cidades e que entrou nas casas.
  " E vocês são testemunhas disso"
    Nós como discípulos, as gerações anteriores á nós foram testemunhas do Ressuscitado, também somos em nossos tempos testemunhas desta experiência que devemos ter do Ressuscitado, o mundo nos pede e nós temos medo, só somos IGREJA DE FATO SE TESTEMUNHARMOS.
  Pois cairmos no que diz o Apóstolo João:
  " Quem diz que conhece a Deus, mas não cumpre seus mandamentos, é mentiroso e a Verdade não está com Ele.Por outro lado, o amor de Deus se realiza de fato em quem observa a Palavra de  Deus.É assim que reconhecemos que estamos com ele"( I Jo 2,4-5)
Lc 24, 35-48
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* Membro da Equipe da Pastoral Operária

18 de abr. de 2012

Bem-aventurado André Hibernão

Religioso da Primeira Ordem (1534-1602). Beatificado por Pio VI no dia 22 de maio de 1791.
André Hibernão descendia de nobre linhagem espanhola, mas seus pais, que viviam em Alcantarilla, perto de Múrcia, eram tão pobres, que o rapaz se empregou ainda muito jovem junto a um tio, para ajudar no sustento da família. Ele havia juntado pouco a pouco uma quantia suficiente para garantir um dote para a irmã e o levava em triunfo para casa, quando foi assaltado por dois ladrões que o privaram de tudo.
Amargamente desiludido, ele começou então a dar-se conta da precariedade das riquezas terrenas em comparação com os tesouros do céu, que são eternos. Entrou em uma casa dos franciscanos conventuais que deixou pouco depois, passando à reforma alcantarina, onde professou como irmão leigo. Procurou levar uma vida oculta de modéstia, humildade e oração, mas aprouve a Deus glorificá-lo, concedendo-lhe o dom da profecia e dos milagres. Muitos lhe deveram a conversão.
O santo homem predisse o dia de sua morte, que se deu em Gândia, quando ele contava 68 anos de idade. S. Pascal Baílão e o Beato João de Ribera propagaram o nome de André, mas ele já era localmente venerado como santo ainda em vida, e foi beatificado em 1791.
Há uma vida escrita pelo Pe. Vicente Mondina, postulador da causa, Vita del B. Andrea Ibernon (1791), e veja-se também Léon, “Auréole Séraphique” (trad. para o inglês), vol. II, p. 77·83.

17 de abr. de 2012

MST desocupa Ministério do Desenvolvimento Agrário





 

Os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) iniciaram exatamente às 8h21 a desocupação da sede do Ministério do Desenvolvimento Agrário. O horário foi uma homenagem aos 21 mortos no Massacre de Eldorado de Carajás, em 1996, que motivou a criação da Jornada Nacional da Luta por Reforma Agrária, uma mobilização que é feita todos os anos no mês de abril.

Ás 11h, os líderes do MST se reuniram com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas. Os sem-terra reivindicam o desbloqueio dos recursos públicos destinados ao assentamento de famílias de trabalhadores rurais sem terra.
Ainda hoje, às 17h30, será promovido, na Câmara dos Deputados, um debate sobre o Massacre dos Carajás, a violência e a impunidade no campo. Haverá também uma vigília dos sem-terra, a partir das 17h, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), junto com membros da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq).

Devanir Oliveira de Araújo, uma das coordenadoras do MST, veio de Mato Grosso para participar da manifestação. ´Para combater a pobreza do país é preciso reforma agrária, necessária para incentivar a produção em pequenas propriedades´, argumentou. Para a coordenadora da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), Elisângela Araújo, ´a reforma agrária deve ser justa e igualitária, para dar aos trabalhadores condições de produzir alimentos saudáveis´.

Para Valdir Misnerovicz, que integra a Coordenação Nacional do MST, o protesto é uma forma de mostrar à sociedade que os trabalhadores rurais estão insatisfeitos com a forma como as questões agrárias são tratadas pelo governo da presidenta Dilma Rousseff. ´A lentidão no ritmo de assentamento das famílias e a falta de solução dos problemas reais das famílias assentadas são uma grande preocupação´.
Fonte: Agência Brasil

10 de abr. de 2012

Conceito de Economia Azul será debatido na Rio+20


DivulgaçãoOs defensores afirmam que é preciso avaliar a queda dos corais

O termo “economia azul” é utilizado por especialistas para designar todo o potencial de riqueza contido nos oceanos, uma vez bem administrados, gera oportunidade de emprego e negócios.
A discussão sobre o conceito da economia azul deverá ser um diferencial da Rio + 20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável), segundo divulgou a rádio ONU na segunda-feira, 9 de abril. A proposta foi estabelecida durante encontro preparatório para a conferência, realizado no fim de março, em Nova York.
Conceito
A economia azul foi um termo pensado por Gunter Pauli, fundador do Zero Emissions Research and Initiatives. Embora também defenda mudanças estruturais na economia, a azul é diferente da economia verde ao estruturar-se na sustentabilidade social, econômica e ambiental e requerer menos gastos e investimentos. Assim, a riqueza produzida no mar vai muito além da coleta de alimentos.
É o caso de um projeto do engenheiro gaúcho Jorge Alberto Vieira Costa, um dos pioneiros na aplicação do conceito no país, que pesquisa as algas Spirulina para absorver o CO2 da queima do carvão, produzir proteínas que podem ser utilizadas para alimentação e, além disso, serem transformadas em biocombustíveis.
Nesse contexto, os defensores da economia azul afirmam que é preciso avaliar as consequências da queda dos recifes de coral, o aumento do nível dos oceanos, a erosão costeira e a poluição marinha. Outra preocupação para o avanço de uma "economia azul" é a pesca excessiva, além das ações prejudiciais aos ecossistemas e as comunidades de países-ilha.
Redação EcoD
fonte: domtotal

5 de abr. de 2012

Amor e Serviço


                           Júlio Lázaro Torma*
                             " Vocês compreenderam que acabei de fazer?"
  Estamos na Semana Santa, a " Grande Semana" ou a "Semana Grande", em que recordamos o grande acontecimento que mudou a face da terra.O antes e depois do grande Mistério da Entrega, Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
  Nesta semana que iniciou com o Domingo de Ramos, com a entrada triunfante e provocativa de Jesus em Jerusalém na grande romaria da Páscoa Judaica.Agora iniciamos no inicio da noite as últimas horas de Jesus entre nós e como um dos nossos ser humano,recordamos o maior gesto de amor realizado por um ser humano e no caso por um Deus, que é servir e doar a sua própria vida pela humanidade.
  O Evangelho de João 13,1-15, nos fala do lava pés, enquanto os sinóticos nos apresentam a " Instituição da Eucaristia", que acontece antes da tragédia de Jesus( Mt 26,26-35;Mc14,22-26;Lc22,14-23;I Cor 13,1-15).
  João não nos fala da Instituição da Eucaristia, mas conta do lava pés, que acontece durante a ceia da Páscoa Judaica em que todo o judeu celebrava.
  João durante todo o seu evangelho nos fala da Eucaristia,como a multiplicação dos pães e o discurso sobre o Pão da Vida ( Jo 6,1-52), do vinho ( Jo 6,53-60) e nos apresenta Jesus que é morto como Cordeiro Pascal ( Jo 19,31-37).
  Mas aqui ele nos fala do lava pés, que não acontece no inicio da ceia, mas durante a ceia.Pois para o semita, antes da refeição deve se lavar as mãos e os pés, isso era coisa do empregado ou do dono da casa fazer aos convidados.
  Jesus repete, aqui o gesto de Maria em casa de Lázaro e Marta em Bêtania ( Jo 12,1-9), antes de entrar em Jerusalém, onde Maria lava os pés de Jesus e enxuga com os seus cabelos, durante a ceia em sua casa.
  " Ele se levanta, tira o manto e pega a toalha e cinge-se com ela.Depois coloca a água na bacia, começou a lavar os pés dos discipulos e enxugar com a toalha que estava cingido".
   Ele aqui vai a condição de empregado, vai e lava os pés de todos, se doa, se faz servo, menor de todos, nos recordando o servo " servidor" ( Is 42,1-9).
   Na mesa Jesus não exclui ninguém, ao mesmo tempo em que lava os pés de Judas o traidor, que já havia se afastado e se auto excluído da comunidade, no momento em que decide vender Jesus ao sinédrio ( Mt 26,14-25).
   Vemos também Pedro, que se recusa em ter os seus pés lavados pelo Mestre.Pedro tem outra visão de Jesus, de um " Cristo Rei", " Messias dominador",que libertara Israel e colocara seu jugo, sobre todos os povos pagãos.Mentalidade está com que fez, que fosse repreendido pelo próprio Jesus:" Retira-te de mim satanás"( Mt 16,23).
  Ele nos fala da limpeza do corpo, da pessoa estar limpa, perfumada ou elegante.mas a limpeza corporal não se reduz só a higiene corporal, pois muitas vezes vemos o lindo corpo, as aparências externas, elegância das pessoas. Que observam os preceitos e as leis.
  Mas não conhecemos o seu interior, as suas reais intenções e ações, como diz Jesus;" É de dentro do coração das pessoas que saem as más intenções" ( Mc 7,14), mas para ele a verdadeira limpeza é a prática das  suas Palavras e seus gestos de vida.
  O que aconteceu com Judas, quem dos outros onze assentados a mesa imaginava que ele ia trair Jesus? Creio que ali ninguém imaginava isso?
  Jesus após lavar os pés de seus amigos, pega o manto e coloca de novo e se assenta a  mesa e pergunta aos discípulos e há cada um de nós:
   " Vocês compreenderam o que acabei de fazer?( Jo 13,12).
   Eis que Jesus se faz "Servo" ( Fl 2,6-7; Jo 14,8-11), por amor a humanidade, que esta corrompida pelo pecado.
  Ele por Amor, se faz servo, humilde, nos mostrando e contrariando a nossa mentalidade de grandeza, a onde nos fala " de quem deseja ser o maior, deve ser o menor de todos "( Lc 22,26-27).Onde nos deixou o seu exemplo de vida.
   O exemplo ao qual Jesus quer se reportar não é tanto o de ter lavado os pés dos apóstolos, quando, ao invés o da humildade e da caridade com o qual, sem nenhuma consideração por sua dignidade, pôs-se a servir quem lhe era inferior.Nota-se a importância que atribui á expressão Mestre e Senhor.Única vez que assim falou.
  Até o Concilio de Trento ( 1545-1563), o lava pés era considerado na Igreja como um dos sacramentos ou poderíamos dizer um gesto sacramental.
  Olhando o gesto  do lava pés, a morte de Jesus na cruz, poderemos dizer, quando perdemos um ente querido, de que está pessoa nos deixou um legado, na qual recordamos a sua vida e memória para sempre, como ele nos recorda:
 " Logo, se eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós  deveis lavar-vos os pés uns dos outros.Dei- vos o exemplo para que, como eu vos fiz, assim façais também vós" e " Fazei em memória de mim"( Jo 13,14-15;Lc 22,19).
  Para a comunidade Joanina, celebrar a Eucaristia, recordar o Amor e a vida de Jesus,o seu amor é estar a serviço.
  Só somos de fatos e verdadeiramente cristãos, quando servimos aos irmãos.
  Servir, exige de cada um de nós, renunciar, humildade de ir ao encontro do irmão, principalmente aquele que mais sofre e que o próprio Cristo se faz um deles( Mt 25,31-46).
  A comunidade que não serve, o cristão que não serve, não celebra a Eucaristia e nem está em comunhão com Cristo.
  Assim como ele por Amor, se doou, entregou-se na cruz, para nos salvar.Devemos nos doar aos outros, sem esperar nada em troca.ESTE FOI O MAIOR GESTO DE AMOR, que um ser humano, que um Deus pode nos dar.
  Pois Jesus na sua grandeza, nos mostrou a sua pequenez, se tornou o menor, para ser o Maior.E como cantemos em nossas comunidades.
  " Prova de Amor Maior não há, do que dar a vida pelo irmão".
    Só sabe amar o seu irmão de fato, quem sabe servir e é capaz de doar-se ao seu próximo de corpo e alma.Este é o grande gesto concreto da Eucaristia e da recordação da memória incomoda de Jesus de Nazaré.
  Que recordamos no Triduo da Semana Santa, da Grande Semana da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo na Páscoa.
Como nos ensina o apóstolo João:"Meus filhinhos, não amemos com palavras nem com a língua,mas com atos e em verdade" ( I Jo 3,18).
______                               Jo 13, 1-15

 * Membro da Equipe da Pastoral Operária da Arquidiocese de Pelotas /RS

Oceano pode estar a aquecer há mais de 100 anos

Uma anaslise comparativa de um novo estudo da Universidade da Califórnia revela que nos últimos 135 anos a temperatura do mar aumentou 0,33°C em média e 0,59°C na superfície, oferecendo novas informações sobre a elevação do nível do mar. Artigo de Jéssica Lipinski. Fonte: Instituto CarbonoBrasil/Agências Internacionais.

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Uma pesquisa do Instituto Scripps de Oceanografia da Universidade da Califórnia (UC) em San Diego traz novos dados que poderão ajudar a esclarecer o aumento do nível do mar que ocorre desde o século XIX e alguns aspetos das mudanças climáticas. Nesta semana, a instituição apresentou um estudo que revela que o aquecimento das temperaturas oceânicas é mais antigo do que se acreditava.
De acordo com a pesquisa, publicada no periódico Nature Climate Change, a elevação das temperaturas marinhas ocorre há cerca de 135 anos, e numa taxa duas vezes maior do que a estimada anteriormente.
Para chegar a essas conclusões, a equipa do Instituto Scripps fez uma análise comparativa entre informações recolhidas atualmente pelo Programa Argo, que conta com sondas flutuantes em 3.500 pontos nos oceanos, e dados recolhidos pela expedição do navio HMS Challenger, ocorrida entre 1872 e 1876.
O exame revelou que, durante esse período de mais de um século, a temperatura oceânica sofreu um aumento médio de 0,33°C, atingindo uma elevação de 0,59°C na superfície marinha (até 700 metros). Já em faixas mais profundas (abaixo de 900 metros), a temperatura subiu 0,12°C.
Mesmo com as imprecisões e os erros cometidos nas medições feitas no século XIX, como falhas nas leituras e problemas nos instrumentos, a análise possibilitou que os cientistas de hoje concluíssem que o aquecimento dos oceanos ocorre há mais tempo do que os cerca de 50 anos imaginados anteriormente, e que, além disso, as taxas desse aquecimento são o dobro do esperado.
“A importância desse estudo não é apenas vermos uma diferença de temperatura que indica aquecimento numa escala global, mas que a magnitude da mudança de temperatura desde 1870 é o dobro do que a observada nos últimos 50 anos. Isso sugere que a escala de tempo para o aquecimento do oceano não é apenas dos últimos 50 anos, mas pelo menos dos últimos 100 anos”, explicou Dean Roemmich, físico oceanógrafo da UC de San Diego.
Roemmich observou que os resultados do estudo ajudarão a elucidar algumas questões relacionadas com as mudanças climáticas e o aumento do nível do mar, que, entre outras causas, ocorre devido à dilatação da água que acontece quando as temperaturas sobem.
“A temperatura é um dos descritores mais fundamentais do estado físico do oceano. Além de simplesmente saber que os oceanos estão a aquecer, [os resultados] ajudar-nos-ão a responder a algumas questões climáticas. O aquecimento do oceano já foi ligado anteriormente ao derretimento glacial e ao descoramento massivo de corais”, comentou Roemmich ao portal LiveScience.
O pesquisador também acredita que as conclusões terão implicações importantes para entender a absorção de calor pelos oceanos. Estudos anteriores revelaram que a Terra tem absorvido mais calor do que está a irradiar, e que 90% desse excesso de calor que está a ser acrescentado ao sistema climático desde a década de 1960 tem sido armazenado nos oceanos.
“Então isso significa que as temperaturas oceânicas são provavelmente a medida mais direta que temos do desequilíbrio energético de todo o sistema climático”, finalizou Roemmich.
Fonte: Instituto CarbonoBrasil/Agências Internacionais.

1 de abr. de 2012

Brasil cresce às custas de suas riquezas naturais

30/03/2012   -   Autor: Fabiano Ávila   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil/UNU-IHDP

Indicador de Riqueza Inclusiva, que será apresentado por completo na RIO+20, mostra que o crescimento do Produto Interno Bruto brasileiro entre 1990 a 2008 foi resultado da exploração de seus estoques de florestas e recursos minerais


Os países emergentes conseguiram nos últimos anos se esquivar das crises econômicas e apresentaram bons números de crescimento. Porém, o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) dessas nações teve um custo que pode acabar sendo muito alto, a exploração abusiva da biodiversidade e dos recursos minerais.
Por exemplo, a riqueza brasileira medida pelo PIB entre 1990 e 2008 aumentou 34%, mas no mesmo período o capital natural teria caído 46%. Se todos os fatores sociais, ecológicos e manufaturados fossem levados em conta, o “crescimento real” do Brasil seria de apenas 3%.
Essa nova maneira de calcular o crescimento é justamente o grande objetivo do “Indicador de Riqueza Inclusiva”, criado pelo Programa Internacional de Dimensões Humanas da Universidade das Nações Unidas (UNU-IHDP).
“Um país pode exaurir completamente todos os seus recursos naturais e ainda assim apresentar dados positivos de PIB. Precisamos de um indicador que estime a riqueza das nações – naturais, humanas e de manufatura -, e que leve em conta inclusive os constituintes sociais e ecológicos do bem-estar humano”, explicou Anantha Duraiappah, diretor executivo do UNU-IHDP.
A prévia dos resultados desse novo indicador foi apresentada nesta quarta-feira (28) em Londres, durante a conferência “Planeta sob Pressão”, sendo que os dados completos serão divulgados em junho na Rio+20.
Outro país destacado pelos autores do indicador foi a Índia, que apresentou um crescimento do PIB ainda maior que o brasileiro entre 1990 e 2008, 120%, mas ao custo da perda de 31% de seu capital natural. O verdadeiro avanço do país seria de apenas 9%.
“O trabalho com o Brasil e a Índia ilustra porque o PIB é inadequado e enganador como um índice de progresso econômico para uma perspectiva de longo prazo”, afirmou Duraiappah.
O relatório a ser apresentado na RIO+20 analisará o crescimento de 20 países: Austrália, Brasil, Canadá, Chile, China, Colômbia, Equador, França, Alemanha, Índia, Japão, Quênia, Nigéria, Noruega, Rússia, Arábia Saudita, EUA, Reino Unido e Venezuela. Juntos, eles produzem 72% do PIB mundial e abrigam 56% da sua população.
“Nosso objetivo é oferecer aos governos relatório bianuais para facilitar a transição para a chamada economia verde, criando as bases de produtividade e sustentabilidade do futuro”, disse Duraiappah.
“Até que os padrões de medida que a sociedade utiliza para mensurar o progresso sejam transformados para capturar elementos de sustentabilidade, o planeta e seus povos continuarão a sofrer com o peso de políticas de crescimento em curto prazo”, completou Pablo Muñoz, diretor científico do relatório.
De acordo com Yvo de Boer, ex-presidente da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), as empresas também devem mudar seus indicadores.
“Devido à escassez de recursos, aumento dos preços dos alimentos, problemas de segurança energética e o crescimento populacional, as empresas estão sendo desafiadas a melhorar suas estratégias e modelos de negócios”, disse de Boer. “Felizmente, já existe uma tendência para incrementar e fortalecer os sistemas de informação e relatórios de sustentabilidade.”
Os dados do “Indicador de Riqueza Inclusiva” coincidem com um comunicado divulgado em fevereiro pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), que apontava para a alta participação dos setores de uso intensivo de recursos naturais na economia brasileira.
O quadro geral que o Ipea passou foi que o Brasil é um fornecedor de commodities para o mercado global. Assim, o país arca com os passivos ambientais das atividades de uso intenso dos recursos naturais e ainda gasta para importar bens produzidos com a nossa matéria-prima no exterior.
Imagem: Gráfico mostra os diferentes fatores do crescimento, com o PIB sendo apresentado em azul claro e o Indicador de Riqueza Inclusiva em azul escuro / UNU-IHDP