24 de mai. de 2011

Maria na espiritualidade Clariana...



Na expressão “Bendita aquela que acreditou, podemos, portanto, certamente encontrar uma série de chaves que abrem para nós a mais íntima realidade de Maria, que os anjos saudaram como “cheia de graça”. Se como “cheia de graça” ela permanece eternamente presente no mistério de Cristo, pela fé se torna co-participante do mistério de cada extensão de seu itinerário terreno.
E na clausura Clara trilhou os mesmos passos que escolheu viver somente da fé, mesmo em meio às fadigas apostólicas. Sim, ela, como nós, “acreditou nas riquezas interiores que lhe foram dadas por Deus. Nós cremos que na nossa clausura somos chamadas a um apostolado universal e a ser missionárias no mundo inteiro”
A clausura nasce e é nutrida pela nudez da fé. Para chegar ao coração do Evangelho, São Francisco e Santa Clara olharam para o mistério da cruz. Esta é a forma de vida do Evangelho. Esta é a forma de vida da Regra de santa Clara. E é a nossa vida porque é a forma de vida que o Filho de Deus assumiu sobre si. Ele esvaziou-se a si mesmo e Maria foi o puro cálice sob a cruz, transbordante e cheio até à borda , para extinguir a sede de todos os filhos de Deus . Nossa Senhora não podia ser “cheia de graça” sem estar vazia de si mesma. Clara escolheu uma vida de completa pobreza no corpo e no espírito, desejando ser somente de Deus e tornar-se terra neste mundo, para construir a sua casa. Ela desejava ser aquela “concha vazia na qual Deus pode depositar os seus dons em abundância” .

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