Participaram da coletiva o
Presidente da Comissão para a Mensagem, Card. Giuseppe Betori, o
Secretário Especial, Dom Pierre Marie Carré, o Diretor da Sala de
Imprensa, Pe. Federico Lombardi, e mais dois membros da Comissão.
No
texto, divido em 14 pontos, os padres sinodais afirmam que conduzir os
homens e as mulheres do nosso tempo a Jesus é uma urgência que diz
respeito a todas as regiões do mundo, de antiga e recente evangelização.
Não se trata de recomeçar do zero, mas de inserir-se num longo caminho
de proclamação do Evangelho que, desde os primeiros séculos da era
cristã até hoje, percorreu a História e edificou comunidades de fiéis em
todas as partes do mundo, fruto da dedicação de missionários e de
mártires.
Caminho que começa com o encontro pessoal com Jesus
Cristo e com a escuta das Escrituras. “Para evangelizar o mundo, a
Igreja deve, antes de tudo, colocar-se à escuta da Palavra”, escrevem os
Padres sinodais, ou seja, o convite a evangelizar se traduz num apelo à
conversão, a começar por nós mesmos.
Os Bispos apontam como
lugar natural da primeira evangelização a família, que desempenha um
papel fundamental para a transmissão da fé. Diante das crises pelas
quais passa essa célula fundamental da sociedade, com inúmeros laços
matrimoniais que se desfazem, os Padres Sinodais se dirigem diretamente
às famílias de todo o mundo, para dizer que o amor do Senhor não
abandona ninguém, que também a Igreja as ama e é casa acolhedora para
todos.
Os jovens também são destinatários da Mensagem do Sínodo,
definidos “presente e futuro da humanidade e da Igreja”. A nova
evangelização encontra nos jovens um campo difícil, mas promissor, como
demonstram as Jornadas Mundiais da Juventude.
Os horizontes da
nova evangelização são vastos tanto quanto o mundo, afirma o Sínodo,
portanto é fundamental o diálogo em vários setores: com a cultura, a
educação, as comunicações sociais, a ciência e a economia. Fundamental é
o diálogo inter-religioso que contribua para a paz, rejeita o
fundamentalismo e denuncia a violência contra os fiéis, grave violação
dos Direitos Humanos.
Na última parte, a Mensagem se dirige à
Igreja em cada região do mundo: às Igrejas no Oriente, faz votos de que
possa praticar a fé em condições de paz e de liberdade religiosa; à
Igreja na África pede que desenvolva a evangelização no encontro com as
antigas e novas culturas, pedindo aos governos que acabem com conflitos e
violências.
Os cristãos na América do Norte, que vivem numa
cultura com muitas expressões distantes do Evangelho, devem priorizar a
conversão e estarem abertos ao acolhimento de imigrantes e refugiados.
Os
Padres Sinodais se dirigem à América Latina com sentimento de gratidão.
“Impressiona de modo especial como no decorrer dos séculos tenha se
desenvolvido formas de religiosidade popular, de serviço da caridade e
de diálogo com as culturas. Agora, diante de muitos desafios do
presente, em primeiro lugar a pobreza e a violência, a Igreja na América
Latina e no Caribe é exortada a viver num estado permanente de missão,
anunciando o Evangelho com esperança e alegria, formando comunidades de
verdadeiros discípulos missionários de Jesus Cristo, mostrando no
empenho de seus filhos como o Evangelho pode ser fonte de uma nova
sociedade justa e fraterna. Também o pluralismo religioso interroga as
Igrejas da região e exige um renovado anúncio do Evangelho.”
Já a
Igreja na Ásia, mesmo constituindo uma minoria, muitas vezes às margens
da sociedade e perseguida, é encorajada e exortada à firmeza da fé. A
Europa, marcada por uma secularização agressiva, é chamada a enfrentar
dificuldades no presente e, diante delas, os fieis não devem se abater,
mas enfrentá-las como um desafio. À Oceania, por fim, se pede que
continue pregando o Evangelho.
A Mensagem se conclui fazendo votos de que Maria, Estrela da nova evangelização, ilumine o caminho e faça florescer o deserto.
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