O administrador dos Hospitais
Privados de Portugal (HPP) confirma que o grupo brasileiro Amil comprou
os hospitais à Caixa Geral de Depósitos (CGD) por um valor baixo e
afirma que o setor privado vai crescer na saúde “porque hoje as pessoas
têm dificuldade de acesso no Serviço Nacional de Saúde (SNS), naquelas
coisas que são mais simples”.

Administrador
dos HPP afirma que o setor privado vai crescer na saúde “porque hoje as
pessoas têm dificuldade de acesso no SNS, naquelas coisas que são mais
simples”
Há 14 meses, o
grupo HPP foi adquirido pelo grupo brasileiro Amil à CGD, por 85,6
milhões de euros. A partir desta quarta-feira, o grupo passa a chamar-se
Lusíadas Saúde e é composto por cinco hospitais (Lisboa, Porto,
Albufeira, Faro e Lagos) e duas clínicas de proximidade no Fórum Algarve
e no Parque das Nações.
Em entrevista à agência Lusa, o presidente do conselho de
administração do agora Lusíadas Saúde, José Carlos Magalhães, diz: “Essa
tal de crise criou oportunidades para fazer bons negócios. Não nos
assustou”.
Magalhães refere que “talvez em outras épocas os HPP não custassem o
que custaram. Talvez custassem muito mais”, mas salienta “é o momento
que faz o preço”. A compra incluiu as dívidas do grupo que totalizavam
49 milhões de euros.
José Carlos Magalhães diz que está apostado em fazer do Lusíadas
Saúde o “melhor grupo privado de saúde em Portugal” e pensa que não
faltará mercado.
“Há hoje uma grande procura dos clientes pela medicina privada, neste
momento pela conveniência, porque hoje as pessoas têm dificuldade de
acesso no Serviço Nacional de Saúde (SNS), naquelas coisas que são mais
simples”, afirma o presidente do grupo Lusíadas Saúde.
José Carlos Magalhães diz que o SNS funciona bem se as pessoas estão
muito doentes, mas demora a responder se não estiverem muito doentes.
O presidente do grupo explica o investimento do grupo Amil, dizendo
que pesou a convicção de que “o negócio da saúde vai mudar” e que “a
participação do privado vai crescer” porque “a inflação da saúde cresce a
uma velocidade tal que o orçamento do Estado não consegue acompanhar”.
José Carlos Magalhães assinala ainda que “ajuda fazer parte de um
grande grupo”, referindo-se ao facto da Amil ser “a maior empresa do
setor da saúde privada do Brasil” e pertencer ao Unitedhealth Group, que
atende mais de 85 milhões de pessoas no mundo.
Fonte: http://www.esquerda.net/artigo/grupo-brasileiro-comprou-cgd-hospitais-baixo-preco-confirma-administrador/32639
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