14 de mai. de 2014

Grupo brasileiro comprou à CGD hospitais a baixo preço, confirma administrador

O administrador dos Hospitais Privados de Portugal (HPP) confirma que o grupo brasileiro Amil comprou os hospitais à Caixa Geral de Depósitos (CGD) por um valor baixo e afirma que o setor privado vai crescer na saúde “porque hoje as pessoas têm dificuldade de acesso no Serviço Nacional de Saúde (SNS), naquelas coisas que são mais simples”.
Administrador dos HPP afirma que o setor privado vai crescer na saúde “porque hoje as pessoas têm dificuldade de acesso no SNS, naquelas coisas que são mais simples”
Há 14 meses, o grupo HPP foi adquirido pelo grupo brasileiro Amil à CGD, por 85,6 milhões de euros. A partir desta quarta-feira, o grupo passa a chamar-se Lusíadas Saúde e é composto por cinco hospitais (Lisboa, Porto, Albufeira, Faro e Lagos) e duas clínicas de proximidade no Fórum Algarve e no Parque das Nações.
Em entrevista à agência Lusa, o presidente do conselho de administração do agora Lusíadas Saúde, José Carlos Magalhães, diz: “Essa tal de crise criou oportunidades para fazer bons negócios. Não nos assustou”.
Magalhães refere que “talvez em outras épocas os HPP não custassem o que custaram. Talvez custassem muito mais”, mas salienta “é o momento que faz o preço”. A compra incluiu as dívidas do grupo que totalizavam 49 milhões de euros.
José Carlos Magalhães diz que está apostado em fazer do Lusíadas Saúde o “melhor grupo privado de saúde em Portugal” e pensa que não faltará mercado.
“Há hoje uma grande procura dos clientes pela medicina privada, neste momento pela conveniência, porque hoje as pessoas têm dificuldade de acesso no Serviço Nacional de Saúde (SNS), naquelas coisas que são mais simples”, afirma o presidente do grupo Lusíadas Saúde.
José Carlos Magalhães diz que o SNS funciona bem se as pessoas estão muito doentes, mas demora a responder se não estiverem muito doentes.
O presidente do grupo explica o investimento do grupo Amil, dizendo que pesou a convicção de que “o negócio da saúde vai mudar” e que “a participação do privado vai crescer” porque “a inflação da saúde cresce a uma velocidade tal que o orçamento do Estado não consegue acompanhar”.
José Carlos Magalhães assinala ainda que “ajuda fazer parte de um grande grupo”, referindo-se ao facto da Amil ser “a maior empresa do setor da saúde privada do Brasil” e pertencer ao Unitedhealth Group, que atende mais de 85 milhões de pessoas no mundo.
Fonte: http://www.esquerda.net/artigo/grupo-brasileiro-comprou-cgd-hospitais-baixo-preco-confirma-administrador/32639 

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