Fonte: domtotal.com
O Papa Francisco criticou nessa quinta-feira (2) os
jihadistas de Iraque e Síria, afirmando, sem citá-los, que nenhuma razão
religiosa, política ou econômica justifica a perseguição diária sofrida
por "centenas de milhares de homens, mulheres e crianças inocentes"
naqueles dois países.
Segundo um comunicado da Santa Sé, o sumo pontífice assistiu à
abertura de uma reunião de três dias com embaixadores do Vaticano em
todo o Oriente Médio. O objetivo é examinar a situação criada com o
avanço do grupo Estado Islâmico (EI) e os ataques aéreos da coalizão
internacional contra ele.
Em uma declaração ante Mar Dinkha IV, patriarca da Igreja Assíria do
Oriente, o Santo Padre denunciou a perseguição diária sofrida por
iraquianos e sírios.
"Quando pensamos em seu sofrimento, é preciso ir espontaneamente para
além das distinções de ritos e confissões. É o corpo de Cristo que,
ainda hoje, é humilhado, espancado, ferido. Não há razões religiosas,
políticas ou econômicas que justifiquem o que está ocorrendo atualmente
com centenas de milhares de homens, mulheres e crianças inocentes",
declarou o bispo de Roma.
A Igreja Assíria é uma das mais antigas do Oriente, e está presente
tanto no Iraque quanto na Síria. Mar Dinkha IV é proveniente de Erbil,
uma importante cidade do Curdistão iraquiano.
Ante a Assembleia Geral da ONU, na semana passada, o número dois do
Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, afirmou que é lícito e urgente parar
os jihadistas no Iraque. E acrescentou que qualquer intervenção deve
ser feita sob a égide do Conselho de Segurança e com o beneplácito do
Estado em questão.
Em 2013, a Santa Sé se opôs a uma intervenção externa contra o regime
sírio de Bashar al-Assad, acusado naquele momento de utilizar armas
químicas conta a população civil perto de Damasco.
No entanto, no caso do EI adotou uma atitude mais favorável a uma intervenção armada.
AFP
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