7 de set. de 2012

O Estado para quem?

                              Júlio Lázaro Torma*
                                       " Queremos um Estado a serviço da nação que garanta
                                          os direitos da população!"
   No próximo dia 7 de Setembro em todo o território nacional, paralelo ao ufanismo dos desfiles militares e das " paradas' de 7 de setembro, ocorrerá o 18º Grito dos Excluidos e das Excluidas.
  Atividade está organizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil ( CNBB),pastorais sociais, movimentos sociais-popular, sindicatos, Igrejas Ecumenicas e Religiões.
  O Grito este ano tem como tema:" Queremos um Estado a serviço da nação que garanta os direitos da população!" e o pano de fundo dos Gritos é sempre;" A Vida em primeiro lugar".
  O grito vem ao encontro sobre o " que estado temos?", para " quem o estado esta a serviço?" e " que estado queremos?",Olhando a nível mundial, após o crack do Banco Lehman Brothers Holding In, que gerou a crise econômica e o debate sobre o papel do estado.
  Os Estados Unidos da América, França, Itália atolados na crise financeira, a Espanha o desemprego afeta 1/4 da população ativa, na Grécia mais de um quarto da população vive na pobreza.Alemanha banca a prima-dona do coro dos falidos, Rússia usa a democracia para sustentar a autocracia.
  A China que é governada pela burocracia do partido único e esta longe de ser uma democracia segundo os padrões ocidentais, tem um crescimento de 10% ao ano.Tal crescimento econômico tem evitado maiores efeitos da crise econômica mundial.
  De um lado vemos duplo discurso, o velho e surrado discurso neoliberal de " estadossauro"," estado minimo" e " que o estado não deve intervir no mercado" e que " ele deve salvar o mercado", tão apregoado pelos setores dominantes e a troika Banco Mundial, F.M.I e BIRD ( Banco Interamericano de Desenvolvimento).
  Quando o sistema financeiro, agronegócio e o empresariado nacional e transnacional vai mal estão falindo, eles recorrem ao estado para os socorrerem e injetarem bilhões e trilhões, para os salvarem da crise.Como o estado tem que assumir as dividas externas e internas da troika do sistema financeiro,agonegócio e empresariado.
   Estes setores falam e pedem a baixa dos impostos em que segundo eles é muito alto e que não podem competir com as suas irmãs no mercado internacional.
  Enquanto isso o estado brasileiro tem uma divida de R$ 3 trilhões.Onde este dinheiro poderia estas bem empregado na saúde, educação, trabalho, assistência social, agricultura, saneamento e moradia.
  Eis que temos visto as portas do estado aberto para os banqueiros,empresários,latifundiarios,credores internacionais e transnacionais, onde estes tem livre acesso as esferas estatais.
  Enquanto o estado se fecha a população e não dialoga com os movimentos sociais,sindicais,os legítimos representantes da população,e nem escuta e atende as suas justas reinvindicações.
  Ao sairmos as ruas queremos um estado que esteja a serviço do povo e não do capital.Onde a vida esteja em primeiro lugar acima dos interesses das grandes coorporações econômicas,que se declaram acima de tudo e de todos.
  Um país é realmente independente e soberano, quando está a serviço de seu povo e lhes garanta os direitos elementares para viver como saúde,alimentação,moradia,educação,trabalho e faz a reforma agrária e agricola.
  Queremos um novo estado, que inclua o seu povo, pluralista,solidário,onde todos sejam respeitados e valorizados pelo que são e não pela conta bancaria.
  Por um "Estado a serviço da nação que garanta os direitos da passoa", que mostraremos o nosso rosto e que ocuparemos as ruas, praças, avenidas,rodovias neste dia 7 de Setembro,para que tenhamos de fato a verdadeira Independência e soberania.Onde a vida esteja em primeiro lugar acima do capital especulativo.
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 * Membro da Equipe Arquidiocesana da Pastoral Operária, Pelotas/ RS

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