Júlio Lázaro Torma*
" Queremos um Estado a serviço da nação que garanta
os direitos da população!"
No próximo dia 7 de
Setembro em todo o território nacional, paralelo ao ufanismo dos
desfiles militares e das " paradas' de 7 de setembro, ocorrerá o 18º
Grito dos Excluidos e das Excluidas.
Atividade está organizada pela Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil ( CNBB),pastorais sociais, movimentos sociais-popular,
sindicatos, Igrejas Ecumenicas e Religiões.
O Grito este ano tem como tema:" Queremos um Estado a serviço da nação que garanta os direitos da população!" e o pano de fundo dos Gritos é sempre;" A Vida em primeiro lugar".
O grito vem ao encontro sobre o " que estado temos?", para " quem o
estado esta a serviço?" e " que estado queremos?",Olhando a nível
mundial, após o crack do Banco Lehman Brothers Holding In, que gerou a
crise econômica e o debate sobre o papel do estado.
Os Estados Unidos da América, França, Itália atolados
na crise financeira, a Espanha o desemprego afeta 1/4 da população
ativa, na Grécia mais de um quarto da população vive na pobreza.Alemanha
banca a prima-dona do coro dos falidos, Rússia usa a democracia para
sustentar a autocracia.
A China que é
governada pela burocracia do partido único e esta longe de ser uma
democracia segundo os padrões ocidentais, tem um crescimento de 10% ao
ano.Tal crescimento econômico tem evitado maiores efeitos da crise
econômica mundial.
De um lado vemos
duplo discurso, o velho e surrado discurso neoliberal de "
estadossauro"," estado minimo" e " que o estado não deve intervir no
mercado" e que " ele deve salvar o mercado", tão apregoado pelos setores
dominantes e a troika Banco Mundial, F.M.I e BIRD ( Banco
Interamericano de Desenvolvimento).
Quando o sistema financeiro, agronegócio e o empresariado nacional e
transnacional vai mal estão falindo, eles recorrem ao estado para os
socorrerem e injetarem bilhões e trilhões, para os salvarem da
crise.Como o estado tem que assumir as dividas externas e internas da
troika do sistema financeiro,agonegócio e empresariado.
Estes setores falam e pedem a baixa dos impostos em que segundo eles é
muito alto e que não podem competir com as suas irmãs no mercado
internacional.
Enquanto isso o
estado brasileiro tem uma divida de R$ 3 trilhões.Onde este dinheiro
poderia estas bem empregado na saúde, educação, trabalho, assistência
social, agricultura, saneamento e moradia.
Eis que temos visto as portas do estado aberto para os banqueiros,empresários,latifundiarios,credores
internacionais e transnacionais, onde estes tem livre acesso as esferas estatais.
Enquanto o estado se fecha a população e não dialoga com os movimentos
sociais,sindicais,os legítimos representantes da população,e nem escuta e
atende as suas justas reinvindicações.
Ao sairmos as ruas queremos um estado que esteja a serviço do povo e
não do capital.Onde a vida esteja em primeiro lugar acima dos interesses
das grandes coorporações econômicas,que se declaram acima de tudo e de
todos.
Um país é realmente
independente e soberano, quando está a serviço de seu povo e lhes
garanta os direitos elementares para viver como
saúde,alimentação,moradia,educação,trabalho e faz a reforma agrária e
agricola.
Queremos um novo estado, que inclua o seu povo,
pluralista,solidário,onde todos sejam respeitados e valorizados pelo que são e não pela conta bancaria.
Por um "Estado a serviço da nação que garanta os direitos da passoa",
que mostraremos o nosso rosto e que ocuparemos as ruas, praças,
avenidas,rodovias neste dia 7 de Setembro,para que tenhamos de fato a
verdadeira Independência e soberania.Onde a vida esteja em primeiro
lugar acima do capital especulativo.
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* Membro da Equipe Arquidiocesana da Pastoral Operária, Pelotas/ RS
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