27 de dez. de 2012

Jesuítas pedem libertação de religioso preso durante protesto Ilha Jeju

Seul, 27 dez - Os jesuítas da Coréia do Sul escreveram uma carta aberta, por ocasião deste Natal, pedindo a libertação de um irmão preso por defender a justiça. O padre jesuíta Lee Young-chan e cinco ativistas foram detidos pela polícia a 24 de outubro último. Ele estava protestando contra o uso excessivo da força por parte da polícia na detenção de uma mulher pacifista; a polícia se defende alegando que o religioso usou de resistência violenta à voz de prisão.
A 26 de outubro, o tribunal confirmou a sua prisão e negou-lhe a fiança. Seu julgamento está em curso. O padre Lee é o segundo jesuíta a ser preso este ano por participarem de manifestações pacíficas contra a construção de uma base naval em Gangjeong Village, na Ilha de Jeju. Em abril, o padre Joseph Kim Chong-uk SJ foi preso por se opor e tentar impedir a construção. Pe. Kim já foi liberado.

A Comissão de Justiça e Paz da Conferência Episcopal Católica da Coréia e a Província coreana da Companhia de Jesus publicaram declarações pedindo a libertação imediata do Pe. Lee e os outros ativistas da paz, e o fim do uso da violência pelas autoridades em Jeju. Em sua declaração a Província coreana da Companhia de Jesus prometeu a divulgação constante de material e apoio aos jesuítas empenhados em sua atividade pacífica em Jeju, destacando: "Com a consciência que este problema é de âmbito internacional, vamos divulgar o problema e juntar nossas forças com os jesuítas da América do Norte e também da região, com os restantes jesuítas da Ásia-Pacífico".

Numa carta que Pe. Lee conseguiu enviar da prisão a 4 de novembro, ele cita São Paulo dizendo: "Porque a vós foi concedido por causa de Cristo, não somente crer nele, mas também de sofrer por ele (Fl1, 27-29), dou graças que pelo menos de certa forma me foi concedida a felicidade e o favor especial para experimentar diretamente o que estas palavras expressam."

E continua: "Os EUA e a China, em defesa de seus interesses querem fazer da Ásia um barril de pólvora. Se deixaram cegar pela própria hegemonia e pelo nacionalismo e estão tentando derrubar um ao outro. Em resposta, Coréia e outras nações devem se unir em solidariedade, não se preparando para a guerra, mas melhorando a situação e levando a uma diminuição de armas”. "Rezo para que Jeju evite se tornar um camarão alvo da estratégia de sobrevivência da baleia; rezo para evitar a luta de baleias e que a Ilha de Jeju se torne um lugar cheio de vida e de paz, uma ilha espalhando a paz de Deus para todos os povos e o mundo todo."
Fonte: www.domtotal.org.br

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