A tendência da cultura atual de trocar o prazer dos ideais e
sentimentos elevados pelos prazeres sensoriais é o principal trunfo do
imaginário consumista. As pessoas passam a depender cada vez mais da
diversidade e da constância dos objetos para ter prazer, os quais, uma
vez adquiridos, já portam o signo da obsolescência e perdem o potencial
de estímulo.
Vou abordar o tema proposto no que tem de mais próximo da disciplina a
que me dedico: subjetividade e cultura. Nesse sentido, a primeira
observação a ser feita é que a concepção de sociedade regida pela
economia de mercado é tão imaginária quanto qualquer outra do gênero.
Dizer que uma concepção é imaginária não significa dizer que ela é
impotente para alterar a realidade. Ao contrário, boa parte do que
condiciona os ideais de vida e as condutas cotidianas é crença
imaginária. Imaginário não é sinônimo de “ilusório”, mas do que não tem
existência independente da imaginação. Ou seja, diferentemente das
coisas materiais, que independem dos desejos e aspirações humanos para
existir, as crenças culturais são produtos de nosso modo de agir.....leia mais:
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