Esta semana foi entregue na Assembleia da
República e ao Governo um novo manifesto "Outra vez os incêndios
florestais!", subscrito pelo mesmo grupo de 21 personalidades que, no
ano passado, entregou o “Manifesto pela Floresta contra a Crise”.
O Manifesto defende uma "economia da prevenção que gere empregos no território rural".
Nas contas de cada campanha de incêndios, aos avultados custos de
combate, deve somar-se um custo anual que ascende a mil milhões de euros
– 150 milhões de euros por prejuízos diretos nas matas e florestas
ardidas e 750 milhões em produtos que deixam de ser fabricados em
Portugal devido à falta de madeira.
Mas também há prejuízos indiretos, nomeadamente perdas de solo, de
biodiversidade e libertação de CO2 para a atmosfera, e “as enormes e mal
conhecias ‘rendas’ pagas aos agentes de combate aos fogos”.
As contas foram feitas por um grupo de 21 personalidades, entre as
quais se destaca o ex-Presidente da República Jorge Sampaio, num grupo
que reúne professores universitários e engenheiros florestais, que
entregou esta semana o manifesto "Outra vez os incêndios florestais!"
(disponível aqui), no parlamento e à Ministra da Agricultura, Assunção Cristas.
Em setembro de 2011, o mesmo grupo entregou o “Manifesto pela Floresta contra a Crise” (disponível aqui),
apelando a uma melhor gestão do território florestal e à implementação
de medidas que resolvam os problemas que estão na base da degradação da
floresta portuguesa.
É preciso investir na prevenção
Neste segundo manifesto conclui-se que, por não se investir o
suficiente em prevenção, Portugal acaba por pagar sempre uma fatura mais
elevada nas despesas do combate aos fogos e nas consequências que daí
decorrem para a economia da fileira florestal.
O manifesto recorda que só em 2012 "os incêndios provocaram sete
mortos, desorganizaram vidas e empresas, destruíram casas e queimaram
mais de 100 mil hectares de matas e florestas".
“Para um país pobre, o custo de uma estratégia centrada no combate
aos incêndios, é pois ineficaz, ineficiente e incomportável. Hoje, mais
do que nunca tem de se quebrar este ciclo vicioso, estimulando uma
economia da prevenção que gere empregos no território rural (que são as
regiões mais deprimidas do país!) e valorize o ambiente, criando valor
na economia real. Investir na floresta, é um presente para o futuro”,
lê-se no manifesto.
fonte:http://www.esquerda.net/artigo/manifesto-reclama-aposta-na-defesa-da-floresta-contra-os-inc%C3%AAndios/25410
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